O que você faria se, aos 8 anos, levasse um tiro no rosto durante um ataque violento? Para essa menina síria, a resposta foi tão genial quanto desesperadora: fingir-se de morta. Parece roteiro de filme, mas é a realidade crua que muitas crianças enfrentam em zonas de conflito.
Numa tarde que começou como qualquer outra — se é que existe "normalidade" em meio a bombardeios —, o barulho de tiros cortou o ar como faca quente na manteiga. A pequena, que brincava perto de casa, levou o projétil no rosto. Sangue. Dor. Terror. E então... um instinto surpreendente.
O plano improvável
"Quando vi todo mundo caindo, deitei e parei de respirar", contou depois, com a simplicidade assustadora das crianças. O corpo mole, os olhos fechados, a quietude absoluta — uma performance macabra para enganar os atiradores.
- O tiro perfurou sua bochecha
- Perdeu três dentes
- Sangrou copiosamente
- Permaneceu imóvel por horas
E funcionou. Os agressores passaram por cima dela como se fosse mais um corpo sem vida. Só quando o silêncio voltou é que ela se permitiu chorar — um pranto abafado, com medo de que alguém ainda pudesse ouvir.
O resgate improvável
Quem diria que ser considerada morta seria sua salvação? Foi justamente quando os paramédicos recolhiam os corpos que notaram: essa "pequena vítima" ainda respirava. Mal e porcamente, mas respirava.
"Parecia um anjo caído", descreveu um socorrista. "Sangue por todo lado, mas com uma força de vida que desafiava a lógica."
Hoje, após cirurgias e meses de recuperação, a menina — cujo nome foi omitido por segurança — consegue até sorrir. Um sorriso torto, marcado pela violência, mas cheio daquela esperança teimosa que só as crianças conseguem manter.
E pensar que tudo isso aconteceu porque alguém, em algum lugar, decidiu que valia a pena atirar contra inocentes... Enquanto isso, do outro lado do mundo, nos preocupamos com qual filtro usar no Instagram. Faz você refletir, não?
