
O governo israelense está no centro de uma tempestade diplomática. Desta vez, o assunto é a entrada de alimentos na Faixa de Gaza — e as acusações não são nada leves. "Absurdo", diz um porta-voz militar, enquanto organizações internacionais falam em "crise humanitária evitável".
Eis o que acontece: segundo relatos, caminhões com suprimentos básicos estariam sendo barrados nos postos de controle. Pão, leite, farinha — itens essenciais que, segundo a ONU, faltam em lares palestinos. Mas Israel garante que a história não é bem assim.
Os dois lados da moeda
De um lado, as críticas:
- Relatórios da Anistia Internacional citam "restrições arbitrárias"
- Coordenadores da ONU falam em burocracia excessiva
- Moradores de Gaza descrevem filas intermináveis por um saco de arroz
Do outro, a defesa israelense:
- "Temos um dever de segurança", afirma o Ministério das Relações Exteriores
- Dados oficiais mostram que 200 caminhões diários cruzam a fronteira
- "Nenhum pedido legítimo foi negado", insiste um coronel
Entre um café e outro, um diplomata europeu me confessou: "É mais complexo do que os tweets sugerem". E realmente é. Enquanto isso, famílias em Gaza contam os grãos de trigo que restaram na despensa.
O que dizem os números?
Segundo fontes militares israelenses:
- 92% dos pedidos de entrada são aprovados
- 8% são recusados por "suspeita de uso duplo"
- O volume aumentou 15% desde janeiro
Mas números são números — e a fome é concreta. Uma enfermeira de Khan Younis relatou: "Crianças pedem água com açúcar como se fosse jantar". Difícil não emocionar.
No fim das contas, resta uma pergunta: até que ponto a segurança justifica a escassez? Enquanto o mundo debate, Gaza espera — e Israel insiste que faz o possível. O que você acha?