
O que era para ser uma operação pontual virou um barril de pólvora. Israel, que já vinha sendo pressionado por meses de conflito em Gaza, decidiu ampliar a ofensiva nesta quinta — e o mundo não gostou nem um pouco. A comunidade internacional, que até então tentava equilibrar-se numa corda bamba diplomática, agora parece ter perdido a paciência.
Rafah, cidade no sul de Gaza que abriga mais de um milhão de deslocados, virou o epicentro dessa nova fase. "É como jogar gasolina na fogueira", comentou um diplomata europeu sob condição de anonimato. Os ataques aéreos, segundo relatos, deixaram dezenas de mortos — incluindo civis que já estavam encurralados há meses.
O jogo das culpas
De um lado, o governo israelense justifica: "Hamas continua usando civis como escudos humanos". Do outro, a ONU rebate com dados sobre escolas e hospitais atingidos. No meio, a população palestina — que mal consegue enterrar seus mortos antes da próxima explosão.
E o Brasil? Nosso Itamaraty soltou uma nota tão cheia de juridiquês que mais parecia um quebra-cabeça diplomático. Mas no fundo, a mensagem era clara: "Chega".
O que dizem os números
- Mais de 38 mil mortos desde o início do conflito (segundo fontes palestinas)
- 1,9 milhão de deslocados — 85% da população de Gaza
- 70% das casas destruídas ou danificadas
Enquanto isso, nas redes sociais, a guerra de narrativas continua mais acirrada que nunca. Vídeos de ataques circulam sem contexto, memes distorcem a realidade, e opiniões extremas dominam o debate. Difícil saber onde termina a informação e começa a propaganda.
E você, acha que ainda existe espaço para diplomacia nesse cenário? Ou já passamos do ponto de não retorno?