
Eis que o jogo político entre Cuba e Brasil esquentou de vez. O chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, não economizou palavras ao rebater a revogação de vistos para brasileiros — uma decisão que ele classificou como nada menos que "invasão" e "agressão". Parece exagero? Talvez. Mas o tom deixou claro que a coisa tá feia.
O que diabos aconteceu?
Na quarta-feira (14), o governo brasileiro anunciou a suspensão dos vistos para cubanos. A justificativa? Dizem que era uma resposta à "falta de reciprocidade" — afinal, brasileiros precisam de visto pra pisar em solo cubano. Só que Havana não engoliu a história.
Rodríguez Parrilla foi direto ao ponto: "Isso é um ataque ao nosso programa Mais Médicos". E completou, com aquela pose de quem tá segurando a bronca: "Mas não vamos recuar. O programa continua, com ou sem vistos".
E o Mais Médicos nessa história toda?
Ah, o programa que já foi motivo de orgulho (e polêmica) entre os dois países. Desde 2013, milhares de médicos cubanos trabalharam no Brasil — muitos em regiões onde nem os brasileiros queriam ir. Só que a coisa sempre teve um pé atrás:
- Cuba ficava com 75% dos salários
- Médicos denunciavam condições análogas à escravidão
- Bolsonaro cortou o programa em 2018
- Lula tentou reativar, mas com regras mais flexíveis
E agora? Bem, parece que a briga por vistos virou o novo capítulo dessa novela. E olha que ninguém cancelou o programa — pelo menos não oficialmente. Mas o clima... ah, o clima tá mais gelado que cerveja em dia de verão.
O que esperar agora?
Difícil dizer. Diplomatas brasileiros tentam minimizar o estrago, dizendo que a medida "não tem relação direta com o Mais Médicos". Só que, entre nós, fica difícil acreditar nisso quando o chanceler cubano solta um "agressão" no meio do discurso.
Enquanto isso, os médicos cubanos que já estão no Brasil seguem trabalhando — pelo menos por enquanto. E Havana? Bem, eles já deixaram claro que não vão ficar de braços cruzados. Preparem-se para novos capítulos dessa telenovela diplomática.
PS: Alguém avisa que o Caribe não precisa de mais calor neste verão?