
Um vídeo que circula nas redes sociais está deixando o mundo em choque. Nele, crianças palestinas — esqueléticas, com olhos fundos e corpos frágeis — são vistas lutando contra a fome em Gaza. A situação, que já era crítica, parece ter atingido um nível de desespero difícil de ignorar.
"Parece um filme de terror, mas é a realidade", comenta um médico local, que prefere não se identificar. Segundo ele, os casos de desnutrição grave em menores de 5 anos triplicaram nas últimas semanas. E o pior? Não há remédios, nem leitos suficientes.
O jogo de empurra-empurra político
Enquanto isso, a ONU acusa Israel de bloquear caminhões com alimentos e medicamentos. "É inaceitável", diz o porta-voz da organização, com a voz embargada. Do outro lado, o governo israelense rebate: "A ajuda está sendo desviada pelo Hamas". E assim segue o pingue-pongue de acusações, enquanto crianças viram estatísticas.
Alguns dados que dão frio na espinha:
- 85% da população de Gaza depende de ajuda externa para comer
- 1 em cada 3 crianças menores de 2 anos apresenta desnutrição aguda
- Os hospitais funcionam com menos de 5% dos suprimentos necessários
O que dizem as testemunhas?
Uma voluntária brasileira que trabalha no local desabafa: "A gente distribui um pacote de biscoitos, e eles brigam como se fosse ouro. Depois choram de dor porque o estômago não aguenta". Ela conta que muitas mães diluem o pouco leite em pó que conseguem em água suja — o que causa diarreia e piora a desidratação.
Enquanto os holofotes internacionais se voltam para o conflito, a pergunta que fica é: até quando o mundo vai assistir passivamente a essa tragédia humanitária? Os especialistas alertam — estamos diante de uma catástrofe anunciada, e o tempo para evitar mortes em massa está se esgotando rapidamente.