
O silêncio da noite no sul do Líbano foi brutalmente interrompido pelo zumbido sinistro dos drones e pelo estrondo ensurdecedor da explosão. Mais uma vez. Quando a poeira baixou, o que restou foram vidas despedaçadas e uma comunidade em luto.
Segundo o Ministério da Saúde libanês, pelo menos cinco pessoas morreram no ataque israelense desta madrugada - e aqui vem a parte que entala na garganta: crianças estavam entre as vítimas. Sim, crianças. Aquele detalhe que transforma um conflito distante em uma tragédia humana que deveria doer em todos nós.
O que se sabe até agora:
- O ataque aconteceu na região sul do Líbano, área que tem sido palco constante de confrontos
- Veículos foram atingidos pelas aeronaves não-tripuladas israelenses
- Além das cinco mortes confirmadas, há feridos em condições variadas
O exército israelense, como tem sido padrão nesses casos, emitiu um comunicado genérico falando em "alvos do Hezbollah". Sempre a mesma justificativa, como se isso apagasse as fotos das pequenas vítimas que não entenderão nunca por que morreram.
A tensão na fronteira entre Israel e Líbano não dá sinais de arrefecer - pelo contrário, parece escalar a cada semana que passa. E são sempre os civis que pagam o preço mais alto nesses conflitos que herdaram de gerações passadas.
O que me deixa perplexo é como o mundo já se acostumou com essas notícias. Viramos a página, checamos o próximo feed. Mas para as famílias libanesas que enterram seus filhos hoje, a vida mudou para sempre.
Enquanto líderes internacionais fazem reuniões e emitem notas de preocupação, mães choram seus pequenos. Algo de profundamente errado nessa equação, não acham?