Eis que a política ribeirao-pretana ganhou um capítulo inesperado nesta semana. O vereador Bigodini, figura conhecida nos corredores do legislativo municipal, simplesmente não compareceu à sessão ordinária desta segunda-feira. E o timing? Digamos que foi, no mínimo, curioso.
Um dia antes, domingo, por volta das 17h30, o carro do parlamentar se envolveu numa colisão na Avenida Portugal. Segundo testemunhas, foi um daqueles acidentes bestas - o tipo que acontece quando a atenção falha por um segundo. O veículo dele atingiu a traseira de outro que estava parado no semáforo.
E as consequências?
Parece que ninguém se feriu gravemente, graças a Deus. Mas o susto foi considerável. O que me faz pensar: será que o abalo emocional justificaria a ausência? A Câmara, por sua vez, emitiu uma nota seca informando que "o vereador Bigodini não compareceu à sessão do dia 29". Nada mais, nada menos.
Curiosamente, o presidente da Casa, Samuel Zanfer, não soube - ou não quis - detalhar os motivos da falta. "Não tenho informações", limitou-se a dizer. Uma resposta que, convenhamos, alimenta mais especulações do que acalma os ânimos.
O que diz a legislação?
Ah, a burocracia legislativa! Se tem uma coisa que não perdoa são as faltas. E olha que Bigodini não é novato - está no segundo mandato, experiência suficiente para saber que cada ausência precisa ser justificada por escrito dentro de cinco dias. Do contrário, o desconto no salário é automático.
O regimento interno é claro como água: falta sem justificativa adequada significa corte financeiro. E convenhamos, ninguém gosta de ver o dinheiro minguar, não é mesmo?
E o povo, o que acha?
Nas redes sociais, a temperatura já começou a subir. Alguns defendem que todo mundo merece um dia para se recuperar após um susto no trânsito. Outros são menos compreensivos: "servidor público tem responsabilidade", "acidente não é atestado". A verdade é que, no mundo político, até uma falta vira caso de Estado.
Resta saber como Bigodini vai se explicar. Vai alegar questões de saúde? Abalo emocional? Ou simplesmente assumir que precisou de um dia para resolver as consequências do acidente? Uma coisa é certa: os holofotes agora estão virados para ele.
Enquanto isso, a vida segue na Câmara de Ribeirão Preto - mas com um lugar vago que fala mais alto que muitos discursos.
