
Era questão de tempo. Depois de semanas de pressão nas ruas e nas redes sociais — aquela mistura de indignação e meme que só o brasileiro sabe fazer — o governo de São Paulo finalmente mexeu os pauzinhos. Tarcísio de Freitas, o governador que vinha levando chumbo grosso por causa do tarifaço, anunciou nesta quarta-feira uma medida pra tentar acalmar os ânimos.
Não foi um "mea culpa", longe disso. Mas também não dá pra dizer que ignorou completamente o caldeirão fervendo. A decisão? Congelar temporariamente o reajuste das passagens de ônibus e metrô, que já tinham subido quase 10% no começo do ano. "É uma medida paliativa", admitiu um assessor em off, enquanto o palácio dos Bandeirantes tentava emplacar o discurso de "equilíbrio fiscal".
O que muda na prática?
Pra quem pega transporte público todo dia, a conta é simples: a passagem não vai subir de novo — pelo menos não agora. Mas tem um detalhe que tá deixando muita gente com a pulga atrás da orelha: o congelamento vem acompanhado de um pacote de cortes em algumas linhas de ônibus, principalmente nas periferias. "Tá vendo como é? Dá com uma mão e tira com a outra", resmungou uma moradora da Zona Leste, enquanto esperava o ônibus lotado.
Ah, e tem mais! O governo prometeu (de novo) acelerar as obras do metrô, mas todo mundo sabe como é: promessa de político em ano eleitoral é igual propaganda de shampoo — todo mundo ouve, mas poucos acreditam.
E os protestos?
Os movimentos sociais, aqueles mesmos que botaram meio milhão de gente na rua em 2013, já avisaram: não vão baixar a bola. "Isso é migalha. O povo quer redução, não congelamento", disparou um líder comunitário, enquanto organizava nova manifestação pra próxima semana. Do outro lado, a prefeitura diz que tá "no limite" do orçamento — e aí, meu amigo, a conta não fecha pra ninguém.
Enquanto isso, nas bolhas das redes sociais, o debate esquenta: uns defendem que "algo é melhor que nada", outros lembram que o transporte em SP já custa mais caro que em Buenos Aires. E você, o que acha? Vai dar samba ou vai virar um novo caos político?