
A arqueóloga Niède Guidon, que faleceu aos 92 anos, deixou um legado extraordinário para a ciência brasileira. Sua história começa na infância, entre a chácara dos avós e uma fuga para a França, e culmina em descobertas que mudaram o entendimento sobre a pré-história das Américas.
Infância entre dois mundos
Nascida em Jaú, interior de São Paulo, Niède cresceu entre a vida rural na chácara dos avós e o ambiente urbano. Essa dualidade marcou sua personalidade curiosa e aventureira desde cedo.
O chamado da ciência
Sua paixão pela arqueologia surgiu durante os estudos na França, onde se formou e iniciou uma carreira promissora. Mas foi no Brasil que ela encontraria seu grande propósito.
A descoberta da Serra da Capivara
Nos anos 1970, Niède retornou ao Brasil para estudar os sítios arqueológicos do Piauí. Suas pesquisas na Serra da Capivara revolucionaram a compreensão sobre a ocupação humana nas Américas, sugerindo datas muito mais antigas do que se imaginava.
Um legado para o futuro
Além das contribuições científicas, Niède Guidon foi fundamental na criação do Parque Nacional Serra da Capivara, hoje Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Sua dedicação à preservação do patrimônio arqueológico brasileiro inspira novas gerações de pesquisadores.