
Os professores da rede estadual de Uberlândia decidiram cruzar os braços nesta quarta e quinta-feira (10 e 11 de julho) em protesto contra o projeto de implantação de escolas cívico-militares na região. A paralisação mobiliza educadores que veem o modelo como uma ameaça à autonomia pedagógica e ao ambiente escolar democrático.
O movimento ganhou força após reuniões sindicais e assembleias, onde docentes apontaram preocupações com a militarização do ensino. "Não aceitamos a imposição de um modelo que desrespeita a liberdade de ensino e a pluralidade de ideias", declarou uma professora que preferiu não se identificar.
Impacto nas aulas
A greve deve afetar diretamente o calendário escolar, com cancelamento de aulas em diversas unidades da cidade. Algumas escolas já comunicaram pais e responsáveis sobre a necessidade de reorganizar o cronograma letivo.
Posicionamento do governo
Até o momento, a Secretaria Estadual de Educação não se manifestou oficialmente sobre o protesto. Fontes próximas ao governo sugerem que a pasta mantém o plano de expandir o modelo cívico-militar, considerado prioritário na atual gestão.
Enquanto isso, os professores prometem manter a mobilização caso não haja diálogo. "Estamos abertos ao debate, mas não abriremos mão de nossos princípios", completou outro educador participante do movimento.