Educação de Adultos Impulsiona Renda e Inclusão no Mercado Formal, Revela Estudo
EJA impulsiona renda em 28% com emprego formal

Quem disse que voltar a estudar depois de adulto não vale a pena? Um estudo sério – daqueles que a gente para pra ler – acaba de mostrar algo extraordinário. Quem conclui a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e consegue um trabalho com carteira assinada experimenta uma mudança radical na vida financeira.

Não é pouco não. Estamos falando de um aumento médio de 28% na renda das famílias. Vinte e oito por cento! Para muita gente, isso significa conseguir colocar comida de melhor qualidade na mesa, pagar um curso pro filho ou simplesmente dormir sem aquela preocupação cruel no pé do ouvido.

O Estudo Por Trás dos Números

A pesquisa, conduzida pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), não ficou só na superfície. Eles foram a fundo. Analisaram dados de 2019 a 2022 – um período turbulento, pra dizer o mínimo – e cruzaram informações de quem estava matriculado na EJA com os registros formais de trabalho da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).

O resultado? Uma conexão tão clara que chega a ser emocionante. A conclusão do ensino fundamental ou médio na EJA funciona quase como um passaporte. Um bilhete para um mundo com mais oportunidades e, vamos combinar, muito menos aperto no final do mês.

Mais do que Dinheiro: Autoestima e Futuro

É claro que o aumento salarial é o dado que mais salta aos olhos. Mas os pesquisadores foram além dos números frios. Eles perceberam algo que todo mundo que já viu alguém retomar os estudos sabe: a transformação é completa.

A autoestima vai lá pra cima. O sentimento de pertencimento à sociedade muda de patamar. A pessoa para de se ver à margem e passa a se enxergar como parte ativa do jogo. E isso, meus amigos, não tem preço. É uma revolução silenciosa que acontece em salas de aula noturnas Brasil afora.

Desafios no Caminho

Agora, nem tudo são flores – e a pesquisa também joga luz sobre os percalços. Um dos grandes obstáculos é a distância entre a escola e o mundo do trabalho. Muitos programas de EJA ainda não conseguem, de fato, preparar o aluno para as vagas que existem por aí.

Falta, muitas vezes, um elo. Alguém que faça a ponte entre o conhecimento da sala de aula e as habilidades práticas que o mercado exige. É como se a pessoa aprendesse a teoria mas ficasse sem saber como aplicar na prática do dia a dia profissional.

Outro ponto crucial: a evasão. Muita gente começa, mas a vida aperta – o cansaço do trabalho, a dificuldade de conciliar tudo – e acaba abandonando. Uma pena, porque os dados mostram que quem persiste colhe frutos doces lá na frente.

Um Olhar Para o Futuro

O que esse estudo deixa claro como água é que investir na Educação de Jovens e Adultos não é gasto. É investimento. Dos bons. É dar chance para que milhões de brasileiros possam reescrever suas próprias histórias, com mais dignidade e mais recursos.

Fica o recado para os gestores públicos: fortalecer a EJA é, literalmente, fortalecer a economia das famílias e do país. É reduzir desigualdades de uma forma prática e mensurável. E no final das contas, é sobre isso que deveria tratar a política pública: de transformar vidas reais.