
Eis que Josué Gomes da Silva, o Skaf, resolveu fazer uma jogada que promete dar o que falar nos corredores do poder. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) — uma das entidades mais influentes do país — está montando um conselho consultivo que mais parece um dream team da política e economia nacional.
Quem está na lista? Preparem-se: Sergio Moro, hoje senador pela União Brasil; Michel Temer, ex-presidente da República; Tereza Cristina, antiga ministra da Agricultura; e ninguém menos que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Um verdadeiro quebra-cabeça de influências, não?
Os detalhes que importam
Segundo apurou a Coluna Lauro Jardim, do O Globo, os convites já foram formalizados. E olha que interessante: cada um desses nomes trará sua expertise única para a mesa. Moro com sua experiência na Lava Jato e no Judiciário, Temer com o conhecimento profundo da máquina pública, Tereza Cristina com o agronegócio no sangue e Campos Neto — bem, esse dispensa apresentações quando o assunto é política monetária.
O conselho não terá caráter deliberativo, mas consultivo. Traduzindo: serão vozes influentes orientando os rumos da principal representação industrial do Brasil. Uma jogada estratégica num momento onde a economia parece andar na corda bamba.
O timing perfeito — ou quase
Não é por acaso que essa movimentação acontece agora. Com tantas incertezas no horizonte econômico — inflação, juros, crescimento pífio —, Skaf parece estar buscando um conselho de guerra. Ou de sábios, depende do ponto de vista.
E pensar que há quem diga que política e economia não se misturam! Essa formação prova exatamente o contrário. Cada membro traz não apenas conhecimento técnico, mas também capital político — algo que a Fiesp certamente saberá usar a seu favor.
Resta saber como essa constelação de egos funcionará na prática. Mas uma coisa é certa: a partir de agora, as decisões da Fiesp terão um peso ainda maior. E o Palácio do Planalto certamente ficará de olho.