
O deputado federal Eduardo Motta (PL-RJ) não poupou críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o anúncio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em tom de cobrança, Motta exigiu uma resposta legislativa imediata para revisar a medida, que, segundo ele, impacta diretamente o bolso do contribuinte.
O Recado de Motta a Haddad
Em suas redes sociais, Motta classificou o aumento como "mais um golpe" na economia brasileira, especialmente em um momento de recuperação pós-pandemia. "O Congresso não pode ficar omisso. Precisamos agir para frear abusos que só penalizam quem já sofre com a alta carga tributária", afirmou.
Os Números do IOF
A alíquota do IOF para crédito, câmbio e seguros subiu de 0,38% para 1,5%, medida que, segundo o governo, visa equilibrar as contas públicas. No entanto, especialistas alertam para o efeito cascata: empréstimos, financiamentos e até viagens internacionais ficarão mais caros.
O Que Esperar do Congresso?
Motta adiantou que articulará com colegas de partido e da oposição projetos para limitar a autonomia do Executivo em ajustes tributários. "Se o governo insiste em taxar, vamos legislar para proteger o cidadão", disse. A bancada do PL já estuda uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para travar novos aumentos sem aval do Legislativo.
Reações no Cenário Político
A medida de Haddad dividiu opiniões até na base aliada. Enquanto o Planalto defende a necessidade de "medidas impopulares" para reduzir o déficit, parlamentares temem desgaste eleitoral. "É um tiro no pé em ano pré-eleitoral", resumiu um deputado sob anonimato.
O aumento do IOF reacendeu o debate sobre reforma tributária e a urgência de simplificar o sistema. Para Motta, a saída é reduzir gastos, não aumentar impostos. "O contribuinte não pode ser o eterno pagador de promessas irresponsáveis", finalizou.