
Parece que o presidente Lula caiu na velha armadilha da diplomacia: achar que bons modos bastam quando o assunto é interesse nacional. Enquanto o Brasil espera — quem sabe até com um cartão de "por favor" na mão — que Donald Trump dê o primeiro passo nas negociações tarifárias, o prejuízo pode estar rolando solto como boi no pasto.
Jogo de espera perigoso
Não é de hoje que o governo brasileiro insiste nessa postura quase medieval de esperar "bençãos" do Tio Sam antes de agir. Só que tem um detalhe: Trump não é exatamente o tipo que se comove com protocolos ou cerimônias. O homem é puro cálculo — e o Brasil parece estar fazendo as contas erradas.
Enquanto isso:
- Os produtores brasileiros seguem pagando o pato
- O mercado internacional não espera ninguém
- A chance de termos condições mais favoráveis escorre pelo ralo
Diplomacia ou ingenuidade?
Há quem defenda que é preciso "jogar o jogo" e respeitar as hierarquias do poder global. Mas convenhamos — quando foi que Trump mostrou qualquer sinal de que se importa com essas regras não escritas? O cara rasgou tratados como se fossem rascunhos de Twitter.
O Brasil, com sua economia ainda se recuperando, não tem o luxo de bancar o cavalheiro numa mesa onde todos jogam sujo. Ou será que alguém acredita que os americanos vão abrir mão de vantagens por educação?
O preço da hesitação
Enquanto o Itamaraty espera o momento "perfeito", setores inteiros da economia brasileira já sentem o baque. E não é pouco:
- A indústria de aço perde competitividade a cada semana
- O agronegócio fica refém de condições desleais
- O risco de ficarmos para trás em novos acordos aumenta
Pior: essa postura passiva pode estar mandando o sinal errado — de que o Brasil aceita ser tratado como coadjuvante no próprio comércio exterior. Alguém avisou que o século XXI já começou?
O que dizem os especialistas
"É como chegar numa guerra de facões armado com flores", brinca um analista do mercado internacional que prefere não se identificar. E completa: "Trump só entende linguagem de resultados, não de boas intenções".
Outros especialistas são mais diretos: enquanto o Brasil espera por um gesto de boa vontade que talvez nunca venha, nossos concorrentes já estão fechando acordos pelas nossas costas. E adivinhe só — nenhum deles pediu licença primeiro.
No fim das contas, pode ser que a maior lição dessa história seja simples: em negociações internacionais, especialmente com figuras como Trump, quem hesita não só perde — paga caro pelo privilégio de ficar em segundo lugar.