
Numa jogada que promete acender debates em mesas de bar e gabinetes empresariais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, soltou o verbo nesta segunda-feira (21/07). O governo, segundo ele, não vai ficar de braços cruzados vendo setores estratégicos definharem sob o peso das tarifas impostas por Donald Trump.
— A gente sabe que tem setor que tá levando na cabeça — admitiu Haddad, com aquela franqueza que ora irrita, ora conquista. — Mas ninguém vai ficar desamparado.
O Xadrez Comercial
Desde que os EUA aumentaram as tarifas para produtos brasileiros — numa daquelas jogadas protecionistas que Trump adora —, pelo menos três setores estão sangrando: aço, suco de laranja e… pasme… até o nosso café. Sim, aquele que o mundo inteiro ama.
E o plano do governo? Bom, ainda está nos bastidores, mas Haddad deu algumas pistas:
- Linhas de crédito emergenciais com juros mais baixos (quem sabe até negativos, se o Banco Central colaborar)
- Subsídios temporários para exportadores — algo que pode fazer a OMC torcer o nariz
- Uma força-tarefa com os ministérios da Economia, Agricultura e Desenvolvimento para mapear os estragos
Não é exatamente um plano mirabolante, mas — entre nós — é melhor que nada. Principalmente quando se lembra que 2025 é ano de eleição municipal, e prefeitos de cidades industriais já estão com o pé atrás.
E os Números?
Segundo dados que vazaram da Camex (Câmara de Comércio Exterior), as exportações para os EUA caíram 12% só no último trimestre. E olha que nem todas as tarifas entraram em vigor ainda.
— É aquela história — comentou um analista que preferiu não se identificar. — Quando o elefante dança, o galinheiro treme. Só que aqui, o galinheiro é a nossa indústria.
Mas calma, nem tudo são espinhos. O ministro deixou escapar que está negociando acordos alternativos com China e União Europeia. Se der certo, pode ser a salvação para quem depende do mercado externo.
E Agora?
Enquanto os detalhes do socorro não saem do papel, o conselho de Haddad foi direto: "Empresários, não entrem em pânico". Fácil dizer quando não é o seu faturamento que despenca, né?
O certo é que essa história ainda vai render — e muito. Com Trump ameaçando novas tarifas e o Brasil tentando não quebrar as pernas nesse cabo de guerra, 2025 promete ser um ano… digamos, interessante.