
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou um sinal de alerta ao Congresso Nacional: o governo federal está operando no limite de suas disponibilidades financeiras e pode ser obrigado a fazer cortes em gastos públicos caso não haja avanço na aprovação de medidas para aumentar a arrecadação.
Segundo fontes próximas ao ministério, a situação do caixa do governo é crítica e, sem novas fontes de receita, o Executivo pode ser forçado a congelar ou reduzir despesas em diversas áreas. O aviso foi transmitido durante reuniões com líderes partidários nesta semana.
O que está em jogo?
Haddad tem defendido a urgência na votação de projetos que aumentem a arrecadação, como a taxação de offshore e fundos exclusivos. Sem essas medidas, o governo pode enfrentar dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros já no curto prazo.
Entre as possíveis consequências estão:
- Atrasos em repasses a estados e municípios
- Congelamento de investimentos em infraestrutura
- Redução de verbas para programas sociais
- Dificuldades no pagamento de servidores
Cenário preocupante
Analistas econômicos avaliam que a situação reflete os desafios fiscais que o governo Lula herdou, combinados com a lentidão na aprovação de reformas pelo Congresso. O ministro da Fazenda tem alertado que, sem medidas urgentes, o país pode enfrentar novos problemas econômicos.
O Palácio do Planalto nega risco iminente de paralisia nos pagamentos, mas reconhece que a margem de manobra é cada vez menor. A equipe econômica trabalha com cenários que preveem a necessidade de ajustes caso o Congresso não avance nas matérias prioritárias do governo.