Investidores Estrangeiros Reagem com Frieza ao Impasse entre Lula, Trump e Moraes | Radar Econômico
Estrangeiros reagem com frieza a impasse Lula-Trump-Moraes

Enquanto aqui dentro a poeira levantava com a troca de farpas entre Lula, o ex-presidente americano Donald Trump e o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, lá fora... quase um silêncio de cinema. Pois é. A reação dos investidores internacionais ao imbróglio foi, para muitos, no mínimo, inesperada.

Longe do rebuliço midiático, o que se viu foi uma análise muito mais pragmática. Em vez de correr para as saídas, muitos estrangeiros simplesmente deram de ombros. A postura geral foi de observar, com um certo distanciamento calculista, para ver no que dava toda aquela celeuma. Nada de pânico, nada de desespero para liquidar posições.

O Mercado Não Segue o Script da Politicagem

Parece que o mercado financeiro global já desenvolveu uma certa imunidade ao barulho político brasileiro — e talvez até ao americano. É como se dissessem: "Outra crise? Já vimos esse filme.". A verdade nua e crua é que os fundamentos econômicos, na visão deles, continuam falando mais alto. A taxa de juros ainda é um imã para o capital especulativo, querendo ou não.

E aí é que está o X da questão: o interesse pelo carry trade, aquela velha e boa estratégia de lucrar com o diferencial de juros, parece ter se sobressaído a qualquer ruído passageiro. O foco permaneceu firme no retorno financeiro, não no tiroteio retórico entre figuras políticas.

Uma Calma que Pode Ser Sinal de Maturidade... ou Ceticismo

Alguns analistas mais cynicos até arriscam dizer que essa serenidade toda não é bem uma confiança cega, mas sim um ceticismo profundamente enraizado. Eles já não esperam outra coisa de um país como o Brasil, então nada mais os surpreende. É uma perspectiva dura, mas não necessariamente errada.

O fato é que o mundo financeiro olha para o Brasil com suas próprias lentes — lentes essas embaçadas pelo pragmatismo e pelo lucro. E, pelo menos desta vez, a encrenca entre Lula, Trump e Moraes não foi suficiente para embaçá-las. Ficou a lição: por mais alto que ecoem os gritos em Brasília, o sussurro dos números nas bolsas de valores muitas vezes é mais forte.