Ano Pré-Eleitoral Aperta o Cerco nas Contas do Governo Tarcísio em São Paulo
Contas de Tarcísio pressionadas no final de ano pré-eleitoral

O último trimestre do ano chegou e, com ele, aquele velho conhecido dos gestores públicos: o aperto nas contas. Só que, desta vez, o cenário para o governador Tarcísio de Freitas em São Paulo parece especialmente delicado. A equipe econômica do Palácio dos Bandeirantes, segundo fontes que acompanham de perto o dia a dia, está com a faca e o queijo na mão – mas o queijo está menor do que o previsto.

O que está acontecendo? Basicamente, as despesas correram mais rápido que as receitas. Um clássico, diriam alguns. Só que em um ano que antecede uma eleição municipal, onde o apoio do governo estadual é crucial, cada centavo conta – e a falta deles, então, vira um problemão de difícil solução.

Onde Está o Buraco?

O coração da questão bate no campo dos royalties do petróleo. A receita que o estado esperava dessa fonte simplesmente não chegou no volume projetado. É aquela coisa: você conta com uma grana extra, faz planos, e de repente... puff. Some. E não é pouco, viu? Estamos falando de valores que fazem falta no caixa.

Para completar o quebra-cabeça – ou melhor, para embaralhá-lo ainda mais – os gastos com pessoal e, principalmente, com a máquina pública, não param de subir. É como tentar encher um balde furado. A inflação nos custos de manutenção do estado dá um nó em qualquer projeção mais otimista.

O Elefante na Sala: 2024

E aí é que a coisa fica realmente interessante. Todo mundo sabe que no ano que vem teremos eleições para prefeito. E o governador Tarcísio, naturalmente, quer ter influência nesse jogo. Só que influência, no linguajar político, muitas vezes se traduz em... apoio financeiro ou de infraestrutura. Campanhas não se fazem só com discursos.

Como viabilizar projetos, promessas e apoios com o cofre estadual cantando pneu? Essa é a pergunta de um milhão de dólares que deve estar tirando o sono de mais de um assessor no governo. A equipe econômica, é claro, nega qualquer situação de calamidade. Dizem que é um ajuste de curso normal, típico do final de ano. Será?

Analistas que observam o cenário com um olhar mais frio enxergam um desafio e tanto. O governo precisará fazer malabarismos para equilibrar as contas sem comprometer sua capacidade de ação política no ano decisivo que se avizinha. Vai ser preciso criatividade – e muito jogo de cintura.

Uma coisa é certa: os próximos meses serão decisivos para entender o fôlego financeiro da gestão Tarcísio na reta final deste ano e no arranque de 2024. O Palácio dos Bandeirantes promete navegar por essas águas turbulentas sem sobressaltos. Torcem para que a maré vire a seu favor.