Governo anuncia Conselho Nacional de Política Mineral para outubro: entenda o que muda
Conselho Nacional de Política Mineral será instalado em outubro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, soltou a bomba nesta quarta-feira (24): o tal Conselho Nacional de Política Mineral sai do papel já em outubro. A notícia, que muitos no setor aguardavam com uma mistura de expectativa e certo ceticismo, promete sacudir as bases da mineração no país.

Numa entrevista coletiva que mais parecia um daqueles eventos cheios de promessas – sabe como é –, Silveira deixou claro que a coisa é pra valer. O conselho não será apenas mais uma reunião de figurões, mas um espaço de debate franco sobre os rumos dos nossos recursos naturais. E olha, o timing não poderia ser mais crucial.

O que esperar do novo conselho?

Pois é, a pergunta que não quer calar. A ideia, segundo fontes próximas ao ministério, é criar diretrizes que equilibrem o desenvolvimento econômico – afinal, o setor mineral é vital pra nossa economia – com a tal da sustentabilidade, palavra que todo mundo repete mas poucos realmente praticam.

O plano inclui representantes de vários setores: governo, claro, mas também academia, indústria e, pasmem, comunidades impactadas pela mineração. Será que dessa vez o diálogo vai ser real? A experiência nos faz duvidar, mas vamos torcer.

  • Foco na modernização: Atualizar marcos regulatórios que, vamos combinar, estão defasados há tempos
  • Segurança jurídica: Tentar dar mais previsibilidade pra quem investe bilhões no setor
  • Proteção ambiental: Encontrar um meio-termo entre extrair e preservar – missão quase impossível

Não vai ser um mar de rosas, longe disso. Os ânimos no setor estão acirrados, especialmente depois dos recentes desastres ambientais que mancharam a imagem da mineração no país. O conselho chega com a difícil missão de acalmar os ânimos e propor soluções que agradem a gregos e troianos.

E os prazos? Silveira foi enfático

"Até o final de outubro estaremos com tudo funcionando", garantiu o ministro, com aquela confiança típica de quem anuncia projetos ambiciosos. Resta saber se a burocracia brasileira – aquela velha conhecida nossa – vai colaborar.

O fato é que o setor mineral precisa urgentemente de uma bússola. Com a economia global dando sinais contraditórios e a pressão por práticas sustentáveis aumentando dia após dia, não temos mais tempo a perder. O conselho pode ser a tábua de salvação que precisamos, ou apenas mais uma promessa eleitoral. O tempo, como sempre, dirá.

Enquanto isso, os players do mercado já começam a se movimentar nos bastidores. Uns otimistas, outros céticos – o normal no jogo de poder que envolve nossos recursos naturais. Uma coisa é certa: outubro promete ser um mês quente no planalto.