
O governador do Pará, Helder Barbalho, classificou como um "equívoco" a possibilidade de a Petrobras ser privada do direito de realizar pesquisas na Margem Equatorial, região considerada estratégica para o futuro energético do país.
Em entrevista, Barbalho destacou que a região tem um "potencial gigantesco" e que a Petrobras, como empresa nacional, deve ter prioridade na exploração desses recursos. "É um contrassenso impedir que a nossa própria empresa, que tem know-how e capacidade técnica, atue em uma área tão promissora", afirmou.
Impacto econômico e soberania energética
O governador argumentou que a exploração na Margem Equatorial pode gerar empregos, renda e fortalecer a soberania energética do Brasil. "Precisamos olhar para o futuro. Essa região pode ser tão importante quanto o Pré-Sal", disse.
Ele também criticou a ideia de que apenas empresas estrangeiras devam operar na área: "Não podemos abrir mão do nosso potencial em nome de interesses que não são os do povo brasileiro".
Debate político e regulatório
A discussão sobre a Margem Equatorial ganhou força nos últimos meses, com setores defendendo maior participação da iniciativa privada. Barbalho, no entanto, acredita que a Petrobras deve liderar o processo. "Temos que equilibrar os interesses, mas sem perder de vista o que é melhor para o Brasil".
O tema deve ser debatido no Congresso Nacional nos próximos meses, com possíveis mudanças na legislação do setor petrolífero.