
E aí, ficou na expectativa? Pois é. A tão aguardada definição sobre o programa de anistia de dívidas fiscais no estado de São Paulo — aquela que todo comerciante, dono de padaria, empresário tá naquela ansiedade — simplesmente não saiu. A reunião entre o secretário da Fazenda, Samuel Kinoshita, e o governador Tarcísio de Freitas, nesta terça-feira, terminou sem um veredito final.
Kinoshita, saindo do Palácio dos Bandeirantes, foi direto ao ponto com os jornalistas. "Ainda não há uma definição", soltou, num tom que deixou claro que a coisa é mais espinhosa do que parecia. Mas calma, não é que jogaram a ideia no lixo. Pelo contrário. Ele mesmo admitiu que o governador topou a parada — "ele comprou a ideia" —, mas os detalhes, ah, os detalhes... esses ainda tão na mesa, sendo dissecados.
O Que Tá Segurando a Bomba?
O grande nó, pelo que tudo indica, não é o ‘se’, mas o ‘como’. Como equilibrar a necessidade de aliviar a barra de quem deve — e assim injetar um fôlego na economia — com a responsabilidade fiscal do estado? É um cabo de guerra clássico, mas com sotaque paulista.
Kinoshita soltou uma frase que diz muito: "A gente tem que ver como é que a gente faz, qual o formato, como é que a gente vai implementar". Traduzindo: eles querem acertar o alvo. Lançar um programa meia-boca, que depois vira um tiro pela culatra, não tá nos planos. A meta é clara: aumentar a arrecadação, mas de um jeito inteligente, trazendo gente que hoje tá fora do sistema de volta pra jogar.
E Agora, José?
O clima é de... paciência. O secretário não deu prazo, não marcou data pra próxima reunião. Sabe aquele ‘fica pra próxima’? Então. O assunto vai continuar sendo mastigado pelo governo nos próximos dias. A promessa é que, quando tiver uma posição consolidada, eles vão comunicar. Até lá, é seguir naquele suspense que só a política fiscal sabe proporcionar.
Uma coisa é certa: a pauta é quente e prioritária. O governo Tarcísio sabe que a iniciativa privada tá de olho. E, num estado que é a locomotiva do país, a pressão por uma decisão acertada é enorme. O recado que ficou? A ideia é boa, mas precisa ser costurada com muita, muita cautela.