
Quem diria que o sonho da casa própria estaria dando lugar ao aluguel? Em Florianópolis, a realidade do mercado imobiliário em 2025 é surpreendente — e cheia de contradições. Enquanto muitos ainda discutem se comprar vale a pena, os números mostram um cenário diferente: as vendas de imóveis na capital catarinense dobraram no primeiro semestre, com um detalhe crucial. O foco? Aluguel.
Parece que a geração que cresceu ouvindo "invista em um teto próprio" está reescrevendo as regras. E Floripa, sempre à frente, lidera esse movimento no Sul do país. Os dados são claros: a cidade virou o epicentro de um fenômeno que mistura mobilidade urbana, flexibilidade e — por que não? — uma pitada de desapego.
O que está por trás do boom?
Não é só modinha. A alta nas vendas — sim, vendas! — de imóveis para aluguel tem explicações concretas:
- Turismo que não para: Com praias lotadas até no inverno, a demanda por temporada segue aquecendo o mercado
- Home office veio para ficar: Profissionais remotos descobriram que podem morar entre dunas e lagoas sem abrir mão da carreira
- Investidores de olho: Com renda média alta, a cidade virou terreno fértil para quem busca retorno no aluguel
E tem mais. Diferente de outras capitais onde os preços assustam, em Florianópolis o cenário é... digamos, "equilibrado de forma desigual". Enquanto bairros como Jurerê seguem com valores estratosféricos, regiões como Capoeiras e Itacorubi oferecem oportunidades com ótimo custo-benefício — especialmente para quem quer comprar para alugar.
E os moradores locais?
Aqui entra o lado menos glamouroso da história. Com tanta demanda externa, alguns floripa-padrões começam a sentir o aperto. "Antes dava pra alugar um AP perto da praia com salário mínimo", conta um comerciante da Lagoa, "agora até kitnet tá artigo de luxo".
Mas calma, não é tudo crise. O boom imobiliário também aqueceu a economia local:
- Construtoras estão contratando mais
- Corretores vivem dias de vacas gordas
- Até o setor de reformas ganhou fôlego
E você, o que acha? Vale mais a pena comprar, alugar ou — como sugerem os mais descolados — viver de Airbnb em Airbnb pela ilha? A discussão está aberta, mas uma coisa é certa: Florianópolis nunca foi tão disputada.