
Imagine uma biblioteca inteira pegando fogo. Livros raros, manuscritos únicos, décadas de conhecimento virando cinzas. É mais ou menos isso que acontece quando empresas demitem profissionais acima dos 50 anos sem planejamento. E o pior? Muitas nem percebem o prejuízo até ser tarde demais.
O conhecimento que some quando a porta gira
Não é só um crachá que vai embora quando um veterano deixa a empresa. Leva junto:
- Relacionamentos construídos a duras penas
- Sabedoria prática que nenhum MBA ensina
- Memória institucional — aquela que evita refazer erros do passado
"É como deletar o HD sem fazer backup", brinca um RH de São Paulo, sem graça. Só que a piada tem fundo de verdade.
Os números que doem no bolso
Estudos mostram que:
- Substituir um profissional sênior custa até 200% do salário anual
- Projetos perdem em média 3-6 meses de produtividade
- Clientes fiéis muitas vezes seguem o profissional que sai
E tem mais — quem fica? Fica ressentido, desmotivado, olhando o relógio. O clima fica pesado como tarde de verão no Rio.
O mito da "renovação necessária"
Ah, mas e a tal da inovação? Precisamos de sangue novo! Claro, ninguém discute. Mas inovação de verdade vem da mistura — experiência com frescor, tradição com ousadia.
Empresas que acertam nessa fórmula (e são poucas, convenhamos) criam algo mágico: times onde os mais jovens aprendem com os erros alheios, não precisam cometer os mesmos. Onde os mais velhos redescobrem o entusiasmo. Todo mundo ganha.
Será tão difícil assim equilibrar a balança?