Um caso de suposto racismo institucional está causando forte repercussão na Universidade de São Paulo. Uma professora negra, aprovada em primeiro lugar em um concurso público para docente, teve sua vitória anulada pela banca examinadora em uma decisão que levanta questionamentos sobre igualdade racial no ambiente acadêmico.
Excelência acadêmica reconhecida, mas não validada
A educadora, cuja identidade está sendo preservada, destacou-se entre todos os candidatos ao obter a pontuação mais elevada nas etapas do processo seletivo. Sua trajetória profissional e qualificações acadêmicas a colocavam como a candidata ideal para a vaga, segundo critérios objetivos de avaliação.
Decisão polêmica da banca examinadora
Após a divulgação do resultado preliminar que apontava a professora como primeira colocada, a banca responsável pelo concurso tomou a decisão surpreendente de cancelar todo o processo seletivo. A justificativa apresentada não convenceu a comunidade universitária, que vê na ação indícios de discriminação racial.
Repercussão imediata nas redes acadêmicas
O caso rapidamente ganhou destaque entre professores, pesquisadores e estudantes da USP e de outras instituições de ensino superior. Muitos apontam o episódio como exemplificador das barreiras estruturais que profissionais negros enfrentam para ascender na carreira acadêmica, mesmo quando demonstram excelência incontestável.
Especialistas em direito administrativo questionam a legalidade da decisão, especialmente considerando que a candidata preenchia todos os requisitos do edital e havia superado os demais concorrentes de forma legítima.
Um padrão preocupante
Este não é o primeiro caso do gênero a ocorrer em universidades brasileiras. Nos últimos anos, vários episódios semelhantes vieram à tona, revelando um padrão de obstáculos enfrentados por docentes e pesquisadores negros no sistema de ensino superior público.
A discussão sobre ações afirmativas e combate ao racismo estrutural nas instituições de ensino ganha novo capítulo com este caso, que pode se tornar um marco na luta por equidade racial no ambiente acadêmico brasileiro.
