Um caso de discriminação racial durante uma partida de futebol da categoria Sub-12 está causando indignação em São José dos Campos, no interior de São Paulo. A situação envolveu um jovem atleta de apenas 11 anos, que foi vítima de ofensas racistas durante um jogo válido pelo Campeonato Paulista da categoria.
O relato da mãe: revolta e dor
Em entrevista exclusiva, a mãe do menino, que preferiu não identificar a família, não escondeu a revolta com o ocorrido. "É inaceitável que uma criança de 11 anos tenha que passar por isso", desabafou a mulher, emocionada.
Ela relatou que o filho, que sonha em se tornar jogador profissional, ficou profundamente abalado com as ofensas sofridas durante a partida. "Meu filho chegou em casa chorando, sem entender por que alguém faria isso com ele", contou a mãe, destacando o impacto psicológico do episódio na criança.
As medidas tomadas pela família
Diante da gravidade do caso, a família não ficou parada:
- Registrou um boletim de ocorrência na delegacia
- Notificou a Federação Paulista de Futebol sobre o ocorrido
- Buscou apoio psicológico para a criança
- Exigiu apuração rigorosa do caso
O posicionamento das autoridades esportivas
A Federação Paulista de Futebol já se manifestou sobre o caso, afirmando que não tolerará qualquer tipo de discriminação em suas competições. Em nota, a entidade garantiu que o episódio será investigado com seriedade e que as medidas cabíveis serão tomadas.
O clube do jovem atleta também emitiu uma nota de repúdio ao racismo e declarou total apoio ao atleta e sua família, comprometendo-se a acompanhar todo o desdobramento do caso.
Um problema que persiste no esporte
Este não é um caso isolado no futebol brasileiro. Recentemente, outros episódios de racismo em categorias de base chamaram a atenção para a necessidade de medidas mais efetivas de combate à discriminação no esporte.
Especialistas em direitos humanos e esporte alertam que casos como esse em categorias infantis são ainda mais graves, pois afetam o desenvolvimento psicológico e a formação cidadã das crianças envolvidas.
O que diz a lei
No Brasil, a Lei 7.716/89 define o crime de racismo como inafiançável e imprescritível. A legislação prevê pena de reclusão para quem cometer discriminação racial, com agravante quando a vítima é criança ou adolescente.
A família espera que o caso sirva de exemplo para coibir futuras ocorrências e que promova uma reflexão mais profunda sobre o combate ao racismo no esporte brasileiro, desde as categorias de base.
"Queremos justiça, mas também queremos que isso não aconteça com outras crianças", finalizou a mãe, representando o sentimento de milhares de famílias que buscam um esporte mais justo e igualitário para todos.
