Justiça suspende lei que reconhece fibromialgia como deficiência no DF: entenda o caso
Justiça suspende lei sobre fibromialgia como deficiência no DF

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal suspendeu uma lei local que reconhecia pacientes com fibromialgia como pessoas com deficiência. A decisão, publicada nesta segunda-feira (9), gera debates sobre os direitos de mais de 5 milhões de brasileiros que convivem com a síndrome.

O que dizia a lei suspensa?

A legislação distrital, aprovada em 2023, garantia aos portadores de fibromialgia os mesmos direitos previstos na Lei Brasileira de Inclusão. Entre os benefícios estavam:

  • Prioridade em atendimentos
  • Vagas reservadas em estacionamentos
  • Isenções fiscais
  • Acesso a programas sociais

Argumentos da decisão judicial

Os desembargadores consideraram que a fibromialgia, apesar de ser uma condição crônica e debilitante, não se enquadra na definição legal de deficiência. O relator destacou:

"A síndrome não causa limitações físicas ou intelectuais permanentes como prevê a legislação federal sobre o tema"

Reação de pacientes e especialistas

Associações médicas e grupos de apoio se manifestaram contra a decisão:

  1. A Sociedade Brasileira de Reumatologia afirma que a fibromialgia causa dor crônica e fadiga incapacitante
  2. Pacientes relatam dificuldades no trabalho e atividades diárias
  3. Especialistas alertam para o risco de exclusão social

Próximos passos

O governo distrital pode recorrer da decisão. Enquanto isso, os benefícios concedidos sob a lei suspensa ficam invalidadas. Advogados especializados em direitos à saúde preveem que o caso pode chegar ao STF.