
Finalmente um alívio para os moradores do Quilombo Mesquita, essa joia escondida entre o Distrito Federal e Goiás. A Justiça Federal — cansada da enrolação — deu um ultimato: o Incra tem exatamente 365 dias para arrumar a papelada e reconhecer de vez os direitos da comunidade.
Não foi fácil chegar até aqui. Enquanto a burocracia empacava, as famílias seguiam naquela dança de "quando vem, quando não vem". Agora, com o prazo estipulado, a esperança voltou a bater mais forte no peito dos quilombolas.
O que muda com a decisão?
Pra começar, o Incra não vai mais poder empurrar com a barriga. A sentença é clara: até julho de 2026, tudo precisa estar nos conformes. E olha que o processo já completou 18 anos — tempo suficiente para uma criança nascer e chegar à maioridade!
- Regularização fundiária: documento que comprova a posse da terra
- Infraestrutura básica: acesso a água, luz e saneamento
- Preservação cultural: proteção às tradições quilombolas
"É como se a gente tivesse ganhado na loteria, só que melhor", comenta Dona Maria, uma das líderes comunitárias, enquanto pisa na terra que já é sua há décadas, mas que só agora o governo vai ter que reconhecer.
E se o Incra não cumprir?
Aí a coisa fica feia. A Justiça deixou claro que vai cobrar multas pesadas por cada dia de atraso. E não adianta vir com desculpinhas — o juiz já avisou que conhece o "jeitinho brasileiro" de adiar o inevitável.
Enquanto isso, no quilombo, a vida segue no ritmo de sempre: crianças brincando entre as árvores, o cheiro de comida caseira no ar e aquela sensação de que, finalmente, o futuro pode ser diferente.