Defensoria Pública questiona ações de ordenamento contra moradores de rua no Rio: 'Violação de direitos'
Defensoria questiona ações contra moradores de rua no Rio

Não é de hoje que a cidade do Rio de Janeiro vive um embate entre ordem urbana e direitos fundamentais. Dessa vez, a Defensoria Pública entrou no páreo pra questionar — e como! — as tais 'ações de ordenamento' que a prefeitura tá empurrando goela abaixo dos moradores em situação de rua.

Parece até aquela história de enxugar gelo: enquanto a administração municipal fala em 'organizar' os espaços públicos, quem vive na pele o drama da exclusão social sente na pele o peso das medidas. A Defensoria não só levantou a voz como botou o dedo na ferida: tá rolando uma violação escancarada de direitos básicos, e isso não pode passar em branco.

O que exatamente está acontecendo?

Segundo relatos que chegaram à Defensoria, as tais ações incluem desde a remoção forçada de pertences até abordagens que beiram a humilhação. E olha que a gente nem tá falando de casos isolados — parece ser modus operandi mesmo. O pior? Tudo isso sem oferecer alternativas dignas de moradia ou acolhimento.

Não é à toa que os defensores públicos tão com a pulga atrás da orelha. 'Isso não é política pública, é enxurrada de medidas paliativas que só empurram o problema pra debaixo do tapete', disparou um dos envolvidos no caso, que preferiu não se identificar.

Os números que ninguém quer ver

  • A população em situação de rua no Rio aumentou 22% nos últimos 3 anos
  • Menos de 30% das vagas em abrigos estão ocupadas — e não por falta de demanda
  • 78% dos abordados relatam ter sofrido algum tipo de violência institucional

E aí, você acha mesmo que tirar cobertores e documentos de gente que já não tem quase nada resolve alguma coisa? A Defensoria certamente não acha. Eles tão preparando um belo de um processo pra fazer a prefeitura engolir seus próprios remédios amargos.

Enquanto isso, nas ruas do Centro e da Zona Portuária — onde essas ações são mais intensas —, o clima é de revolta misturada com desespero. 'Eles chegam como se a gente fosse lixo, varrendo a gente pros cantos', desabafa Marcos, que vive nas calçadas há mais de dois anos.

O que você faria se fosse com você? É essa a pergunta que a Defensoria quer que a sociedade — e principalmente os gestores públicos — se façam. Porque no fim das contas, ordenamento urbano sem compaixão humana não passa de... bem, você completa.