
O caso é daqueles que deixam a gente sem ar — e não é exagero. Uma conselheira tutelar do Distrito Federal, que deveria ser porto seguro, transformou-se em algoz. A vítima? Uma jovem lésbica que buscava justamente proteção após sofrer violência.
Imagina só: você procura ajuda e ouve que sua orientação sexual "é coisa do demônio". Aconteceu de verdade, no coração do Brasil.
O episódio que chocou a capital federal
A coisa toda começou quando a jovem — cuja identidade preservamos — procurou o conselho tutelar para relatar a agressão. Em vez de acolhimento, esbarrou no preconceito mais cru. A conselheira não apenas minimizou a violência, como ainda proferiu palavras que doem mais que golpe: disse que ser lésbica e ateia era "coisa do demônio".
Não contente, tentou convencer a vítima a retirar a queixa. Sim, leu certo. Uma autoridade que deveria zelar por direitos tentou calar uma voz que pedia socorro.
Erika Hilton entra em cena com tudo
Aí chegou Erika Hilton — deputada federal que sabe na pele o que é lutar contra a discriminação. Não ficou só na indignação. Agiu. Protocolou uma representação criminal pedindo nada menos que a prisão preventiva da conselheira.
O documento é forte. Acusa a profissional de constrangimento ilegal, preconceito e obstrução da justiça. Mais: destaca que o cargo exige isonomia, não discriminação.
"É inaceitável que servidores públicos reproduzam discursos de ódio", disparou Hilton, em tom que mistura revolta com determinação.
O que diz a lei — e a decência
Além do evidente desrespeito aos direitos humanos, a conduta da conselheira fere frontalmente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Ambos prevêem proteção integral — sem distinções tolas.
Mas vai além da legislação: fala de humanidade básica. Alguém que pede ajuda merece escuta, não julgamento distorcido por preconceitos.
Repercussão e o que esperar
O caso gerou comoção nas redes sociais e entre organizações de defesa dos direitos LGBTQIA+. Muitos questionam como alguém com tal perfil assume tamanha responsabilidade.
Agora, os olhos se voltam para a Justiça. O pedido de prisão ainda será analisado, mas já sinaliza uma virada importante: discurso de ódio travestido de autoridade não pode ficar impune.
Enquanto isso, a jovem agredida segue enfrentando suas batalhas — mas agora com o apoio de quem não compactua com a intolerância. E o Brasil lembra, mais uma vez, que a luta por respeito está longe do fim.