
Eis uma bomba política que acaba de explodir no cenário americano — e as consequências podem ser sentidas por anos. Donald Trump, sempre polêmico, deu ordens para que o próximo censo dos Estados Unidos simplesmente ignore milhões de pessoas que vivem no país.
Não é brincadeira. O ex-presidente, que ainda sonha com a Casa Branca em 2024, quer que o governo federal deixe de contar imigrantes em situação irregular na próxima contagem populacional. Uma jogada que, segundo especialistas, pode bagunçar tudo — desde repasses de verbas até o número de cadeiras que cada estado terá no Congresso.
O que muda na prática?
Imagine só: cidades como Nova York, Los Angeles ou Miami, que têm grandes comunidades de imigrantes, podem perder bilhões em recursos federais. E não é só dinheiro — a representação política desses lugares também pode encolher. É como se milhões de pessoas simplesmente desaparecessem do mapa oficial do país.
- Estados democratas seriam os mais afetados (adivinha só por que Trump faria isso?)
- Comunidades latinas levariam o golpe mais duro — cerca de 60% dos imigrantes irregulares são de origem hispânica
- O censo determina desde escolas até hospitais públicos — tudo isso pode ficar subdimensionado
"É uma manobra claramente política", dispara o professor de direito constitucional da Universidade de Harvard, Alan Dershowitz. "Estão tentando silenciar vozes que normalmente não votariam neles."
E a Constituição americana?
Aqui é que a coisa fica interessante. O texto constitucional dos EUA fala em contar "todas as pessoas" — sem distinção. Mas os advogados de Trump argumentam que imigrantes irregulares não seriam "pessoas" para fins de representação política. Sim, você leu certo.
Já pensou no precedente perigoso? Se governos podem escolher quem conta e quem não conta, onde isso vai parar? É o tipo de decisão que pode ecoar por décadas — e não só nos EUA.
Enquanto isso, organizações de direitos civis já preparam seus processos judiciais. A batalha promete ser épica, com potencial para chegar à Suprema Corte. E com a atual composição conservadora do tribunal, tudo pode acontecer.
Uma coisa é certa: o censo nunca foi tão político. E essa jogada de Trump pode redefinir — para bem ou para mal — o futuro demográfico dos Estados Unidos.