Não é todo dia que um avião cheio de histórias — algumas tristes, outras nem tanto — pousa no Aeroporto Internacional Pinto Martins. Mas nesta sexta-feira (18), por volta das 10h da manhã, foi exatamente isso que aconteceu. Um voo charter, daqueles que não aparecem no aplicativo de passagens, trouxe de volta ao Brasil um grupo de conterrâneos que tiveram seus sonhos americanos interrompidos.
Segundo informações de fontes próximas ao caso, a maioria dos deportados estava em centros de detenção migratória nos EUA. Alguns há meses, outros há semanas. "É sempre complicado", comentou um funcionário da PF que preferiu não se identificar. "Muitos chegam sem saber direito o que fazer depois."
O que acontece após o desembarque?
Você já parou pra pensar no que rola depois que a porta do avião abre? Pois é:
- Primeiro, a Polícia Federal faz a identificação de cada um — e sim, isso demora
- Depois, quem não tiver documentos brasileiros em dia precisa regularizar a situação
- Por fim, a maioria sai com uma passagem de ônibus paga pelo governo e... vida que segue
Não é simples, não é rápido, e definitivamente não é como nos filmes. A realidade costuma ser bem menos cinematográfica.
E os direitos?
Aqui vai um detalhe que muita gente desconhece: deportação não é sentença criminal. Esses brasileiros — a menos que tenham cometido crimes graves — podem tentar entrar nos EUA novamente no futuro. Claro, com visto e tudo direitinho. Mas convenhamos: depois de passar por isso, será que vale a pena tentar de novo?
Enquanto isso, em Fortaleza, o sol continua a brilhar forte como sempre. E para esses retornados, a vida recomeça. Com mais experiência, talvez. E certamente com histórias para contar.
