Imagine conseguir aquele tão sonhado emprego em um ambiente onde você pode ser exatamente quem é, sem precisar esconder sua identidade. Pois é, isso está deixando de ser uma utopia em Santarém, no oeste do Pará.
Um feirão de empregabilidade dedicado especificamente à comunidade LGBTQIA+ está agitando o mercado de trabalho local. A iniciativa, que aconteceu nesta quarta-feira (4), não é só sobre distribuir currículos - é sobre acolhimento, respeito e, claro, oportunidades reais.
Números que impressionam
Mais de 200 vagas disponíveis, hein? Não é pouca coisa. E olha que estamos falando de empresas que realmente abraçam a diversidade - do comércio à indústria, passando por serviços de todos os tipos.
O que me chamou atenção foi a variedade de cargos. Tinha de tudo um pouco: desde posições iniciais até cargos de liderança. E sabe o que é melhor? Tudo num ambiente livre de preconceitos.
Muito mais que apenas vagas
O evento foi uma verdadeira imersão no mundo corporativo inclusivo. Teve:
- Workshops sobre como se portar em entrevistas (sem precisar fingir ser quem não é)
- Dicas valiosas para elaborar currículos que destacam talentos, não orientação sexual
- Consultoria de imagem profissional - porque aparência importa, mas autenticidade importa mais
- Simulações de entrevistas que preparam para situações reais
E olha só que interessante: várias empresas participantes já têm políticas internas de diversidade consolidadas. Não é só discurso, é prática mesmo.
O que dizem os organizadores
"A gente cansa de ver pessoas qualificadas sendo preteridas por puro preconceito", me contou um dos coordenadores do evento, ainda emocionado com a adesão. "Isso aqui é sobre dar chance ao talento, independente de quem a pessoa ama ou como se identifica."
E os números confirmam: a fila começou a se formar bem antes do horário de abertura. Gente de todos os cantos da cidade, alguns até de municípios vizinhos, dispostos a encarar o sol quente do Pará por uma chance no mercado formal.
Um respiro de esperança
Para muitos participantes, eventos como este representam mais que uma oportunidade de emprego - representam dignidade. "É a primeira vez que me sinto realmente convidada a participar", confessou uma mulher trans que preferiu não se identificar.
O clima no local? Bastante emocionante, pra ser sincero. Dá pra ver nos olhos das pessoas aquela mistura de esperança com alívio - alívio de não precisar esconder parte de quem são durante o processo seletivo.
E as empresas saem ganhando também, não se engane. Diversidade não é só bonito no papel - traz criatividade, inovação e resultados melhores. Todo mundo ganha quando o mérito vem primeiro.
Agora é torcer para que iniciativas como essa se multipliquem pela região. Porque trabalho decente é direito de todos, não acham?
