
Parece que o Brasil finalmente está respirando aliviado quando o assunto é emprego. Os números mais recentes divulgados pelo IBGE são, sem dúvida, para comemorar – e muito. A taxa de desocupação caiu para apenas 5,6% no trimestre encerrado em julho, um resultado que simplesmente bateu o recorde da série histórica, iniciada lá em 2012. Incrível, não?
Mas calma, os detalhes são ainda mais impressionantes. Segundo a PNAD Contínua, essa não é uma queda qualquer. Estamos falando de uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (que foi de janeiro a março) e, pasmem, uma queda expressiva de 1,4 ponto na comparação com o mesmo período do ano passado. Alguém duvida que a economia está dando sinais vitais?
O que esses números significam na prática?
Traduzindo para o português claro: isso representa que aproximadamente 1,4 milhão de pessoas conseguiram encontrar uma ocupação no último ano. Sim, você leu certo – mais de um milhão de brasileiros agora têm uma fonte de renda fixa. E olha que não para por aí.
A população ocupada bateu na casa dos 100,7 milhões – outro recorde absoluto! – enquanto a desocupada ficou em cerca de 6 milhões. A taxa de informalidade? Bem, ficou em 38,7% da população ocupada, o que equivale a quase 39 milhões de trabalhadores. Um número ainda alto, é verdade, mas que mostra uma realidade complexa do nosso mercado.
E os rendimentos? Como ficaram?
Aqui a notícia é mista, como sempre. O rendimento médio real do trabalhador ficou estimado em R$ 3.062 – um aumento de 1,4% frente ao trimestre anterior, mas uma queda de 1,4% na comparação anual. Ou seja, ganhamos um pouco mais no curto prazo, mas ainda estamos correndo atrás do prejuízo do último ano.
E tem mais: a massa de renda real chegou a R$ 305,2 bilhões, estabilizando tanto na comparação trimestral quanto anual. Parece que finalmente encontramos um patamar de equilíbrio – algo que há dois anos parecia impossível.
Os setores que mais puxaram essa alta foram agricultura, comércio e administração pública, defesa e seguridade social. Quem diria, hein? Até o agro está dando sua contribuição para esquentar o mercado de trabalho.
É claro que ainda temos desafios pela frente – a informalidade ainda assombra quase 40% dos trabalhadores, e o rendimento poderia ser melhor. Mas os números mostram uma tendência sólida de recuperação. Quem estava desempregado há um ano provavelmente já sentiu na pele essa melhora.
Restauração de direitos, geração de renda, aquecimento do consumo… Tudo isso gira em torno de um mercado de trabalho aquecido. E pelos dados, parece que estamos no caminho certo. Que venham os próximos trimestres!