
Em Piracicaba, no interior de São Paulo, a realidade do trabalhador que recebe um salário mínimo é dura: 95% do valor é consumido apenas para comprar a cesta básica. Os dados, que refletem o aumento do custo de vida, mostram como a alimentação pesa no orçamento das famílias.
Itens que mais encarecem a cesta
Entre os produtos que mais contribuem para o alto custo, destacam-se:
- Carne bovina: um dos itens com maior aumento nos últimos meses.
- Leite: subiu consideravelmente, impactando o valor total.
- Óleo de soja: essencial no dia a dia, mas com preço elevado.
- Feijão: variação de preço significativa devido à safra.
Impacto no orçamento familiar
Com o salário mínimo atual em R$ 1.412, apenas R$ 70,60 sobram após a compra da cesta básica, valor insuficiente para cobrir outras despesas essenciais como moradia, transporte e saúde. A situação é ainda mais crítica para famílias com mais de um dependente.
Comparação com outras cidades
Piracicaba está entre as cidades onde a cesta básica mais consome a renda do trabalhador. Em algumas regiões metropolitanas, o percentual é menor, mas ainda assim preocupante, girando em torno de 85% a 90%.
Especialistas alertam que a inflação dos alimentos, somada ao congelamento do salário mínimo em termos reais, agrava a desigualdade e a insegurança alimentar.