Haddad critica gestão de Campos Neto no BC e atribui juros altos a sua administração
Haddad critica Campos Neto por juros de 15% ao ano

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não poupou críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante entrevista recente. Haddad atribuiu diretamente a ele a manutenção dos juros básicos da economia em patamares elevados, atualmente em 15% ao ano.

Segundo o ministro, a gestão de Campos Neto à frente do BC tem sido marcada por decisões que freiam o crescimento econômico do país. "A taxa Selic está em um nível incompatível com a realidade brasileira", afirmou Haddad, destacando que o governo federal tem trabalhado para reduzir o custo do crédito.

O embate político por trás dos juros

A declaração acirra ainda mais o embate entre o Palácio do Planalto e a autarquia responsável pela política monetária. Analistas apontam que:

  • O governo Lula pressiona por cortes mais agressivos na Selic
  • O BC mantém postura conservadora, citando riscos inflacionários
  • O conflito reflete diferenças na condução da economia

Impactos na economia real

Enquanto o impasse persiste, setores produtivos reclamam dos efeitos práticos:

  1. Crédito mais caro para empresas e consumidores
  2. Retração nos investimentos produtivos
  3. Dificuldade para retomada sustentável do crescimento

Especialistas alertam que o "spread" entre as posições do governo e do BC pode gerar instabilidade econômica. O próximo encontro do Copom, marcado para junho, promete acirrar ainda mais os ânimos nesse debate crucial para o futuro do país.