
Num daqueles movimentos que deixam até os mais experientes de queixo caído, o governo brasileiro decidiu jogar pesado no tabuleiro do comércio global. A menos de dois dias do início da nova tarifação — aquela que tá dando dor de cabeça em meio mundo —, Brasília deu sinal verde para uma contestação formal na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Não foi um aviso, foi um tiro de canhão. E olha que o relógio já marcava contagem regressiva quando a decisão veio à tona. "A gente não vai ficar de braços cruzados enquanto tentam enfiar goela abaixo medidas que prejudicam nossa economia", disparou uma fonte do Planalto, num tom que misturava indignação com um pé atrás estratégico.
O que está em jogo?
Pra entender a encrenca:
- Novas tarifas internacionais batem à porta como um vizinho barulhento de madrugada
- Setores como agroindústria e manufatura podem levar um baque de até 15% nos preços
- O timing? Péssimo. A economia brasileira mal começou a respirar após anos de pandemia
E não pense que foi decisão tomada na base do cafézinho. Fontes do Ministério da Economia revelam que o debate interno foi mais acalorado que churrasco de domingo. De um lado, os cautelosos, argumentando que "briga com grande não dá prêmio". Do outro, os linha-dura, defendendo que "se não reagirmos agora, amanhã será tarde demais".
O pulo do gato jurídico
O argumento brasileiro — e aqui vem a jogada de mestre — se baseia numa brecha quase invisível no acordo de 1994. "Há uma inconsistência gritante na aplicação dessas tarifas", explica um jurista especializado, que preferiu não ter o nome divulgado. "É como se estivessem mudando as regras do jogo no meio do campeonato."
Enquanto isso, nas ruas, a preocupação é outra: o bolso. "Se isso afetar o preço do feijão, aí a casa cai", comenta Maria Silva, dona de casa do Brás, enquanto fazia compras no sacolão. Uma percepção que, diga-se de passagem, não está longe da realidade dos economistas.
O próximo capítulo? Aguardar o posicionamento da OMC, que prometeu analisar o caso "com a urgência que merece". Enquanto isso, o governo brasileiro parece ter escolhido seu caminho: "Melhor se arrepender por ter lutado do que por ter ficado quieto", filosofou um assessor, entre um gole de café e outro.