
Um estudo recente jogou luz sobre um tema que tira o sono de muitos empresários brasileiros: o impacto real das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre nossas exportações. E os números são preocupantes — mais de 11 mil empresas de médio porte estão sentindo o baque.
Quem trabalha com comércio exterior sabe: quando os EUA espirram, o Brasil pega um resfriado econômico. Dessa vez, a febre protecionista do Tio Sam está quebrando termômetros. Setores como agroindústria, têxtil e autopeças estão na linha de frente desse terremoto tarifário.
Os números que doem no bolso
O levantamento — feito por um instituto respeitado — mapeou empresa por empresa. E descobriu que:
- 45% dos exportadores tiveram queda nas vendas
- 30% reduziram produção
- 12% cogitam demissões
"É como tentar nadar contra uma correnteza com pesos nas costas", desabafa um empresário do setor de móveis que preferiu não se identificar. Seu faturamento caiu 22% desde que as tarifas entraram em vigor.
Quem mais sofre?
Os setores mais atingidos formam um retrato doloroso:
- Aço e metais — tarifa média de 25%
- Produtos químicos — algumas linhas com 30%
- Têxteis — barreira extra de 15%
Curiosamente, o agronegócio — normalmente nosso carro-chefe — escapou relativamente ileso. "Mas isso pode mudar a qualquer momento", alerta uma economista consultada para o estudo.
Enquanto isso, no Congresso brasileiro, a discussão esquenta. Alguns defendem retaliações, outros preferem a diplomacia. Enquanto não se chega a um consenso, as empresas seguem recalculando suas rotas — muitas buscando mercados alternativos na Ásia e Oriente Médio.
Uma coisa é certa: nesse jogo de xadrez comercial, cada movimento dos EUA pode significar xeque-mate para dezenas de empresas brasileiras. E o pior? A partida está longe de terminar.