Megaoperação no Mercado de Tintas: Sherwin-Williams Compra Suvinil com Aprovação do CADE
Sherwin-Williams compra Suvinil com aval do CADE

Pois é, galera do setor – e também quem tá de olho no mercado financeiro –, o negócio finalmente saiu do forno. O CADE, aquela turma que fica de vigia pra não deixar a concorrência virar uma bagunça, deu o aval. E não foi um aval qualquer, hein? Foi aquele sinal verde que todo mundo tava esperando, mas sem muito alarde público.

Imagine a cena: uma das maiores empresas de tintas do planeta, a Sherwin-Williams, resolve botar os pés de vez por aqui e comprar uma das marcas mais queridas do Brasil. A Suvinil, que há décadas colore casas e projetos por todo o país, agora vai ter um novo dono. E olha, não é qualquer um.

O Que Isso Significa na Prática?

Bom, a primeira pergunta que vem à cabeça é: e agora? Vai mudar alguma coisa na prateleira? A qualidade vai continuar a mesma? O preço vai lá pra cima? Calma, respira. A aprovação do CADE veio justamente pra garantir que a concorrência não fosse pro beleléu. Eles analisaram tudo com lupa – e quando digo lupa, é aquela lupa de detetive mesmo – e concluíram que a operação não reduz a concorrência de forma prejudicial. Ufa!

O processo, que começou a ser analisado em março, passou por uma avaliação bem criteriosa. A relatora do caso, a conselheira Paula Azevedo, não deixou pedra sobre pedra. Ela examinou o mercado de tintas arquitetônicas no Brasil – aquele que a gente usa em casa – e também o de revestimentos. A conclusão? Apesar de a Sherwin-Williams já ser dona da Renner, a entrada da Suvinil no grupo não cria um monopólio. O mercado segue competitivo, com players fortes como a PPG (dona da Coral) e a espanhola BASF, além de um monte de marcas regionais espalhadas pelo país.

E os Detalhes que Pouca Gente Viu...

Aqui vai um ponto que quase passou batido: a operação não foi analisada pelo tribunal do CADE, mas sim pela sua superintendência-geral. Isso, na prática, significa que o negócio não foi considerado complexo o suficiente – ou problemático – para exigir a análise dos conselheiros. Foi despachado em tempo recorde, o que, convenhamos, é raridade nesse tipo de transação bilionárias.

Outro detalhe saboroso: a Suvinil era, até então, uma joia da corona sul-africana (Aspen Pharmacare), que decidiu se desfazer do negócio de tintas para focar no seu core, que é o farmacêutico. A Sherwin-Williams, por sua vez, viu uma oportunidade de ouro para ampliar seu portfólio e sua capilaridade no mercado brasileiro, que é gigantesco e cheio de particularidades.

E aí, o que acham? Vai ser bom ou ruim para o consumidor? Eu, particularmente, acho que a junção de know-how tecnológico de uma gigante global com a força de uma marca brasileira consagrada tem tudo para dar certo. Mas, claro, o tempo – e o preço das latas de tinta – dirão.