Quem diria, hein? Em um cenário econômico que mais parece montanha-russa, a Organon — aquela gigante das terapias femininas — acaba de cravar um gol de placa no Brasil. Quatro anos. Só isso. E olha o troco: R$ 1 bilhão tiquetaqueando no caixa.
Não foi sorte. A receita? Foco cirúrgico em saúde da mulher — anticoncepcionais, tratamentos hormonais, aquela linha completa que faz a diferença no dia a dia de milhões. Enquanto o mercado farmacêutico tradicional patinava, eles abriram caminho com uma estratégia que misturava inovação e pé no chão.
O pulo do gato
Dá pra resumir em três pontos:
- Portfólio afiado: Trouxeram para o Brasil produtos que faltavam nas prateleiras, sem inventar moda
- Precificação inteligente: Nem premium demais, nem popular demais — no ponto exato
- Parcerias estratégicas: Uniram forças com distribuidores locais, aqueles que conhecem cada esquina do país
E tem mais: enquanto concorrentes se perdiam em burocracias, a Organon apostou em agilidade. "Quando vimos a demanda por anticoncepcionais de longa duração explodir, ajustamos a produção em tempo recorde", conta um executivo que prefere não aparecer — mas solta um sorriso no telefone.
O que vem por aí?
Plano ousado: dobrar o tamanho da operação até 2026. Como? Com dois trunfos na manga:
- Ampliar o acesso a medicamentos essenciais no SUS — sim, estão negociando com o governo
- Trazer ao Brasil pelo menos três novidades internacionais ainda neste semestre
Detalhe curioso: a matriz global ficou tão impressionada com os resultados brasileiros que está usando nosso país como caso de estudo para outras filiais. "O Brasil virou referência em adaptação rápida", comenta uma fonte interna, entre um café e planilhas de Excel.
E os desafios? Ah, não são poucos. A selva de impostos, a concorrência acirrada, a volatilidade econômica... Mas se depender do otimismo que paira nos corredores da empresa, esse R$ 1 bi é só o começo da história.
