
O clima não está nada agradável nos corredores – virtuais e reais – do Itaú. Na verdade, está pesado, daqueles que dão nó no estômago. Uma rodada de demissões, que insistem em chamar de "reestruturação", varreu departamentos e deixou um rastro de indignação que transbordou nas redes sociais.
O LinkedIn, aquela plataforma usually polida e cheia de #gratidão, se transformou num palco de desabafos crus e emocionados. É cada relato que, puxa vida, faz a gente pensar no verdadeiro custo humano por trás das decisões corporativas.
O que estão dizendo?
Os posts são um soco no figado. Profissionais experientes, alguns com uma década ou mais de casa, contando como foram pegos de surpresa – muitas vezes em chamadas de vídeo curtas e impessoais. A palavra que mais aparece? Desrespeito. A sensação geral é de que tudo foi feito de forma fria, mecânica, sem um pingo da consideração que você esperaria de um gigante como o Itaú.
Alguns detalhes doem mais. Tem gente que foi dispensada pouco antes de completar aniversário de empresa, perdendo direitos. Outros relatam reuniões-relâmpago, seguidas pelo acesso cortado em questão de minutos, sem chance nem de se despedir dos colegas. Brutal.
E o banco, o que diz?
O Itaú, claro, emitiu aquele comunicado padrão de sempre. Fala em "adaptação ao novo momento do mercado", "otimização de operações" e uma enxurrada de jargões corporativos que, no fim, não significam muita coisa para quem acabou de perder o emprego. Eles negam que seja uma demissão em massa, mas a quantidade de relatos sugere algo bem grande.
O pior de tudo? A tal "reestruturação" parece não poupar nem mesmo aqueles times que foram super importantes durante os períodos mais críticos, como a pandemia. É como se o valor real das pessoas fosse apagado da noite para o dia.
Isso levanta uma questão incômoda, mas necessária: até que ponto as empresas, mesmo as mais admiradas, estão realmente preparadas para lidar com suas pessoas de forma humana quando a crise aperta? A impressão que fica é que não muito.
O mercado financeiro todo está de olho. Esses desabafos públicos são um sinal de alerta vermelho para outras instituições. Num mundo onde a reputação é tudo, a forma como você demite pode causar um estrago tão grande – ou maior – do que a demissão em si.
Enquanto isso, milhares de profissionais talentosos, muitos especialistas em suas áreas, agora se veem jogados de volta ao mercado de trabalho, tentando se reerguer. A esperança é que a solidariedade que encontraram online se transforme em oportunidades reais lá fora.