
Era uma vez uma empresa gigante, toda dominada por homens de terno. Mas essa história — finalmente — está mudando. A Petrobras acaba de virar o jogo: pela primeira vez em seus 71 anos de existência, as mulheres conquistaram a maioria absoluta nos postos mais altos da companhia.
Não é pouco não. Estamos falando de 4 mulheres entre os 7 membros do Conselho de Administração e 3 entre as 5 diretorias executivas. Um terremoto silencioso que ninguém viu chegar, mas que promete abalar as estruturas do velho clube do bolinha do setor petrolífero.
Os números que falam por si
Se você acha que isso é só um detalhe, pense de novo:
- 57,1% dos conselheiros agora são mulheres
- 60% das diretorias estão sob comando feminino
- De 0 para maioria em sete décadas
"Mas por que demorou tanto?" — você pode se perguntar. A verdade é que o setor de óleo e gás sempre foi um reduto masculino, cheio daqueles estereótipos ultrapassados sobre "trabalho de homem".
Quem são essas mulheres?
Não são qualquer uma, pode acreditar. A nova presidente do Conselho, Rosângela Buzanelli, tem currículo que faz muita gente grande parecer pequena. Com experiência em gigantes como Vale e BR Distribuidora, ela não chegou lá por acaso.
Já na diretoria, nomes como Cláudia Romero e Clarice Coppetti mostram que competência não tem gênero — mesmo que o mercado às vezes finja que tem.
E olha que interessante: enquanto o Brasil ainda patina na igualdade de gênero (estamos na 94ª posição no ranking global), a Petrobras dá um salto que pode servir de exemplo. Quem diria, hein?
O que isso significa na prática?
Além do simbolismo óbvio — que já é enorme —, estudos mostram que empresas com mais mulheres na liderança tendem a:
- Tomar decisões mais equilibradas
- Ter melhor desempenho financeiro
- Criar ambientes de trabalho mais diversos
Não é mágica, é simples matemática: mais perspectivas diferentes levam a soluções melhores. E no mundo volátil do petróleo, isso pode fazer toda a diferença.
Claro, ainda há muito chão pela frente. Mas quando uma empresa do tamanho e importância da Petrobras dá esse passo, é sinal de que o tabuleiro está mesmo mudando. Resta saber se outras vão seguir o exemplo — ou ficar pra trás na história.