Kellanova quer dominar o mercado de snacks no Brasil: o que isso significa para a Pringles?
Kellanova quer Pringles forte no Brasil: o que muda?

Quem nunca abriu uma lata de Pringles e jurou que só comeria "um" — e acabou devorando metade do pacote? Pois é, essa paixão global por batatas crocantes pode estar prestes a ganhar novos contornos no Brasil.

A Kellanova — sim, aquela dona de marcas que a gente ama odiar nas dietas — está afiando os dentes para o mercado brasileiro. E não é brincadeira: fontes do setor sussurram que a Pringles, sua joia da coroa, está no centro de uma estratégia ambiciosa.

O apetite que não engana

Dá pra entender o interesse. O Brasil é um dos maiores consumidores de salgadinhos do mundo — e olha que a concorrência aqui não é moleza. De batata palha de feira a chips gourmet, o brasileiro tem fome (e espaço) para todas as texturas crocantes.

"É um mercado que cresce a dois dígitos mesmo em anos difíceis", comenta um executivo do ramo que prefere não se identificar. "Quando o bolso aperta, o brasileiro troca o jantar por um pacote de salgadinho, não o contrário."

Estratégia em camadas (como uma Pringles bem empilhada)

  • Preço: Ajustar a tabela para competir com marcas regionais
  • Sabor: Desenvolver variedades "tupiniquins" — pimenta biquinho, alguém?
  • Distribuição: Levar as icônicas latas para além dos grandes centros

Não vai ser fácil. A concorrência local tem vantagens logísticas e um pulso mais afinado com o gosto nacional. Mas a Kellanova parece disposta a pagar para ver — e provavelmente vai abrir a carteira para conquistar espaço nas prateleiras.

Ah, e tem um detalhe curioso: a embalagem. Aquela lata cilíndrica que todo mundo tenta (e falha) fechar direito? Pode ganhar uma versão mais tropical nos próximos anos. "Estudamos adaptações", admitem fontes próximas à empresa, sem dar detalhes.

E o consumidor nessa história?

Se o plano der certo, preparem-se para:

  1. Mais opções nas gôndolas
  2. Promoções mais agressivas
  3. Sabores exclusivos para o Brasil

Mas calma, não espere milagres de preço. Ainda que a produção local aumente, os custos de importação de alguns ingredientes devem manter o produto na categoria "luxo acessível".

Uma coisa é certa: a guerra pelos snacks brasileiros acabou de esquentar. E dessa vez, com gosto de batata laminada e tempero internacional.