
E aí, o que fazer quando seu principal cliente resolve aumentar o preço de forma abrupta? Foi exatamente isso que aconteceu com os exportadores capixabas de rochas ornamentais — aqueles mármores e granitos que enfeitam cozinhas e banheiros pelo mundo afora.
Os Estados Unidos, sabiam? Sim, eles. Decidiram aumentar as tarifas de importação para nada menos que 25%. Um baque e tanto para um setor que movimenta milhões e emprega milhares aqui no Espírito Santo.
O Desafio da Competitividade
Não é brincadeira. Com essa tarifa a mais, o produto brasileiro fica significativamente mais caro no mercado americano. E olha, a concorrência é ferrenha — Índia, China, Turquia… Todos de olho no mesmo prato.
— A gente precisa de uma solução, e rápido — comenta um empresário do setor, que preferiu não se identificar. — Senão, a conta não fecha.
A Busca por Soluções
O Sindirochas, sindicato que representa essas empresas, não ficou parado. Partiu para cima. Reuniões em Brasília, contatos com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e até com a Casa Civil.
O plano? Buscar um acordo bilateral. Algo que isente as rochas ornamentais dessas tarifas pesadas. Um tratado específico, direto entre Brasil e EUA.
Além das Tarifas: A Infraestrutura que Prende
Mas não é só de tarifa externa que vive o problema. Aqui mesmo, dentro do país, os custos logísticos dão dor de cabeça. O transporte das pedras até os portos é caro, complexo… Um desafio logístico dos grandes.
Melhorar estradas, ferrovias e portos não é luxo — é necessidade pura. Sem isso, mesmo com acordo tarifário, a competitividade segue capenga.
O Que Esperar do Futuro?
O governo federal sinalizou apoio. Disse que estuda mecanismos, que quer ajudar. Mas o tempo? Ah, o tempo é inimigo. Enquanto isso, os negócios ficam em espera, e a concorrência avança.
O setor respira alívio com a possibilidade de um acordo, mas segue cauteloso. Afinal, promessa é dívida… e até agora, só se ouve o primeiro passo.
— Esperamos que saia do papel — diz outro empresário, esperançoso. — O potencial é enorme, mas precisamos de condições para brigar de igual para igual.