
O cenário não tá nada fácil para os negócios no Rio Grande do Sul. Com o aumento das tarifas de importação — aquela famosa "encrenca" que todo mundo tá chamando de "tarifação" —, várias empresas gaúchas estão com a corda no pescoço. E a solução? Bem, parece que o Tio Sam está com os braços abertos.
Não é exagero dizer que o clima nas reuniões de diretoria anda mais tenso que final de campeonato. Algumas empresas já estão com as malas prontas — ou melhor, os contêineres — para levar parte da produção para os Estados Unidos. "É uma jogada de risco, mas ficar parado é pior", confessa um empresário que prefere não se identificar (óbvio, né?).
Por que os EUA?
Parece contraditório, mas a matemática é simples:
- Custo da burocracia brasileira: alto
- Tempo perdido com impostos: absurdo
- Tarifas de exportação: sufocantes
Resultado? Muitos estão fazendo as contas e chegando à conclusão que vale mais a pena produzir no meio do Texas do que continuar nesse "vai e vem" de taxações.
Um caso emblemático é o de uma indústria de máquinas agrícolas que — pasmem! — estima economizar quase 30% nos custos operacionais simplesmente mudando parte da linha de montagem para o Tennessee. "Lá, em três dias você resolve o que aqui levaria três meses", dispara o diretor financeiro, ainda meio incrédulo com a diferença.
E o Brasil nessa história?
Pois é... Enquanto uns veem ameaça, outros enxergam oportunidade. Especialistas apontam que essa "fuga" pode ser um tiro no pé — ou um alerta necessário. "O governo precisa acordar para a realidade", crava uma analista de comércio exterior, enquanto toma seu café amargo (tão amargo quanto a situação).
Mas calma, nem tudo está perdido. Algumas empresas estão adotando uma estratégia híbrida: mantêm a identidade gaúcha, mas espalham operações pelo mapa. "É como ter um pé em cada continente", brinca o CEO de uma startup de tecnologia, que já tem escritório virtual em Miami.
Uma coisa é certa: o jogo mudou. E no tabuleiro global, o RS parece estar repensando suas peças. Resta saber se essa será uma jogada de mestre ou mais um capítulo da nossa crônica industrial.