
Era uma casa de comércio que parecia eterna. Quem diria que, depois de tantos anos abastecendo lares e negócios na região, o tradicional atacadista da Grande Florianópolis bateria em retirada? Pois é, a notícia pegou muitos de surpresa — afinal, era um daqueles lugares que a gente achava que sempre estaria ali.
O fim de uma era
Segundo fontes próximas ao caso, a decisão veio após meses de aperto no caixa. E olha que não foi por falta de clientes — o problema mesmo foi aquele velho conhecido dos comerciantes: custos subindo mais rápido que as vendas. Aluguel, impostos, fornecedores... tudo pesando no orçamento.
"A gente até tentou renegociar dívidas, cortar gastos, mas chegou num ponto sem volta", contou um ex-funcionário que preferiu não se identificar. Triste, né? Principalmente pra quem trabalhou lá por décadas.
O que sobrou
Nas prateleiras, só restaram lembranças. O silêncio no galpão — que antes era um vai-e-vem de empilhadeiras e carrinhos — agora ecoa como um adeus. E os clientes? Bem, muitos ainda estão processando a informação.
"Comprei aqui desde que me mudei pra região, em 2005", lamenta Dona Maria, dona de um pequeno restaurante. "Onde vou encontrar agora aqueles produtos com preço justo?"
Efeito dominó
Especialistas alertam: o fechamento pode ser só a ponta do iceberg. Com a economia ainda se recuperando da pandemia e os juros nas alturas, outras empresas do setor podem seguir o mesmo caminho. Será que estamos vendo o começo de uma mudança no varejo atacadista?
Uma coisa é certa: a paisagem comercial da região nunca mais será a mesma. E pra quem depende desses estabelecimentos, a busca por alternativas promete ser — no mínimo — complicada.