
O cenário não está nada favorável para os exportadores brasileiros de sal marinho e pescados. Os Estados Unidos decidiram apertar o cerco com novas tarifas, e o impacto já está sendo sentido — e como! Quem trabalha no setor está sentindo no bolso e no dia a dia.
Não é de hoje que o comércio entre Brasil e EUA tem seus altos e baixos, mas dessa vez a medida pegou todo mundo de surpresa. "A gente já esperava alguma coisa, mas não nessa magnitude", confessou um produtor de sal do Rio Grande do Norte, que preferiu não se identificar. O tom é de preocupação, e não é para menos.
O que muda na prática?
Para quem não está por dentro do assunto, a coisa é simples: produtos brasileiros agora estão mais caros lá fora. E quando falamos de sal marinho e pescado, dois itens que o Brasil exporta em quantidade, o estrago pode ser grande.
- Preços até 15% mais altos para o consumidor americano
- Redução estimada de 8% nas exportações só neste trimestre
- Empresas brasileiras buscando mercados alternativos
O pior? Isso pode ser só o começo. Alguns analistas acreditam que outras categorias podem entrar na mira dos americanos nos próximos meses. Será que o governo brasileiro vai conseguir negociar uma saída?
E os pequenos produtores?
Enquanto os grandes exportadores têm mais fôlego para aguentar a tempestade, os pequenos estão literalmente entre a cruz e a espada. Maria do Carmo, dona de uma pequena salina no Ceará, não esconde a apreensão: "A gente mal conseguiu se recuperar da pandemia, e agora isso. Parece que quando a água baixa, vem outra onda maior".
O setor pesqueiro não está melhor. Com menos compradores americanos, muitos barcos podem ficar parados nos próximos meses. E isso significa menos trabalho para milhares de famílias que dependem direta ou indiretamente da pesca.
O que você acha? Será que o Brasil deveria retaliar com medidas semelhantes, ou buscar o diálogo? Uma coisa é certa: quando os gigantes comerciais começam a brigar, quem está embaixo é que sente o tombo primeiro.