
O vento soprou frio para o setor de celulose brasileiro esta semana. Os Estados Unidos — aquele parceiro comercial que às vezes parece mais um vizinho chato do que aliado — anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos de papel e celulose. E adivinha quem está na linha de frente? A Suzano, nossa gigante do setor.
Não é brincadeira. A medida, que entra em vigor em setembro, pode virar um tsunami para as exportações brasileiras. A Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, exporta cerca de 40% de sua produção para os EUA. Com esse imposto, o preço do produto brasileiro lá fora vai ficar menos atraente que feijoada sem linguiça.
O que está por trás dessa jogada?
Segundo analistas, os americanos alegam "proteger a indústria local". Mas todo mundo sabe que, quando os EUA espirram, o resto do mundo pega pneumonia. A indústria norte-americana de papel está em declínio há anos — e agora querem colocar a culpa nos importados.
E olha que ironia: enquanto os EUA fecham as portas, a China — sim, aquela mesma que vive no noticiário — está comprando cada vez mais celulose brasileira. O mercado asiático virou uma tábua de salvação, mas será que compensa?
Efeito dominó na economia
Se a Suzano perder espaço nos EUA, o estrago pode ser maior do que parece:
- Queda nas receitas da empresa (óbvio, né?)
- Possível redução de investimentos em novas fábricas
- Impacto nos empregos diretos e indiretos
- Menos divisas entrando no país
E tem mais: o preço da celulose no mercado interno pode subir. Traduzindo: papel higiênico mais caro pra todo mundo. Ótimo, não?
O Ministério da Economia já disse que vai "analisar medidas", mas convenhamos — quando governo fala isso, geralmente significa que não tem ideia do que fazer. Enquanto isso, a Suzano tenta se reposicionar, buscando novos mercados e otimizando custos. Mas ninguém sabe se será suficiente.
Uma coisa é certa: a guerra comercial global está esquentando, e o Brasil — como sempre — está no meio do fogo cruzado. Resta saber se sairemos queimados ou se daremos a volta por cima. Como diz o ditado: quando uma porta se fecha... alguém tem que arrombar a janela.