Mercosul e EFTA Fechem Acordo Histórico com Foco em Energia Limpa e Comércio
Mercosul e EFTA fecham acordo com foco em energia limpa

Numa jogada que promete sacudir as estruturas do comércio global, o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) acabam de costurar um acordo que é muito mais do que números e tarifas. Assinado em Montevidéu, esse pacto – que envolve Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein – joga luz sobre um compromisso firme com a descarbonização e as energias renováveis. Algo raro, e digno de nota.

Imagina só: estamos falando de um acordo que cobre um PIB combinado de US$ 3,8 trilhões e afeta diretamente cerca de 30 milhões de pessoas. Não é pouca coisa. Mas o que realmente chama atenção é o tom verde que permeia as negociações. Diferente de outros tratados, este aqui traz no seu certeza cláusulas ambientais robustas. Não é só blá-blá-blá corporativo.

Não é Sobre Dinheiro. É Sobre o Futuro.

O texto do acordo é explícito: as partes se comprometem a “promover a produção e o comércio de bens e serviços ambientais”. Isso inclui desde energia renovável até tecnologias de baixo carbono. Parece discurso de evento corporativo? Até parece, mas aqui há metas e mecanismos de cooperação técnica previstos. Algo concreto.

E claro, do lado comercial, a coisa é substantiva. Quase 100% das exportações do Mercosul para a EFTA estarão livres de tarifas. Carnes, suco de laranja, açúcar, soja… produtos brasileiros e regionais ganham um canal privilegiado para entrar nesses mercados ricos – e exigentes.

E o Brasil? Como fica nisso?

Bom, pra nós, a coisa é ainda mais estratégica. Além de abrir portas para produtos com valor agregado, o acordo consolida o Brasil como um player global em energias verdes. Hidrogênio verde, biocombustíveis, solar… tudo isso ganha um impulso diplomático e comercial gigantesco.

Não é todo dia que a gente vê a pauta ambiental andando de mãos dadas com a econômica. Ainda mais num contexto geopolítico tão conturbado. Mas é isso que torna esse acordo tão singular – e, por que não dizer, visionário.

A ratificação ainda depende dos congressos nacionais, é verdade. Mas o sinal está dado: o futuro do comércio será verde ou não será.