Tarifas dos EUA afetam o Brasil? Jerônimo Rodrigues explica os impactos e o que esperar
Impacto das tarifas dos EUA na economia brasileira

O que acontece quando os Estados Unidos decidem mexer nos impostos de importação? Bom, o Brasil sente — e não é pouco. Jerônimo Rodrigues, um dos nomes mais respeitados quando o assunto é comércio exterior, não economizou palavras ao comentar o tema.

"Isso aqui não é brincadeira", disparou ele, com aquele tom de quem já viu crises passarem. Segundo Rodrigues, as novas tarifas americanas podem ser um baque para setores estratégicos da nossa economia. E olha que a lista é longa: do agronegócio à indústria de transformação.

O que muda na prática?

Imagine você, produtor rural, tentando vender sua soja lá fora. Com os novos impostos, o preço sobe — e muito. Resultado? Os compradores podem simplesmente buscar outros fornecedores. "É como chegar num restaurante e descobrir que o prato do dia dobrou de preço", comparou Rodrigues, com uma analogia que qualquer um entende.

Mas não é só isso. A indústria brasileira, que já sofre com custos altos, pode perder competitividade. E aí? Bom, a conta chega para todo mundo: menos exportações, menos empregos, menos dinheiro circulando.

E o consumidor brasileiro?

Ah, esse talvez seja o ponto mais cruel. Produtos importados dos EUA — de eletrônicos a medicamentos — podem ficar mais caros. "O brasileiro médio já está apertado, e agora isso?", questionou Rodrigues, com aquele misto de indignação e preocupação que só quem conhece o país a fundo consegue transmitir.

Não é alarmismo, é matemática pura: quando os custos sobem, alguém tem que pagar a conta. E adivinha quem sempre acaba pagando?

Há luz no fim do túnel?

Rodrigues não é do tipo que fica só reclamando. Ele aponta caminhos: diversificar mercados, buscar acordos comerciais com outros países, investir em tecnologia para reduzir custos. "Temos que ser mais espertos que as tarifas", brincou, mostrando que até em assuntos sérios cabe um pouco de humor.

Mas ele faz um alerta: tempo é dinheiro. Quanto mais o Brasil demorar para reagir, maior o prejuízo. E aí, será que nossos governantes estão ouvindo?

Uma coisa é certa: como diz o velho ditado, quando os EUA espirram, o mundo pega pneumonia. E o Brasil? Bem, estamos no meio do vendaval — mas, segundo Rodrigues, ainda dá para sair dele com algum fôlego. Desde que, é claro, a gente comece a agir agora.