China e União Europeia marcam encontro crucial para discutir comércio global em meio a tensões com EUA
China e UE debatem comércio em meio a tarifas de Trump

Não é todo dia que a China e a União Europeia sentam à mesma mesa com urgência. Mas quando o assunto são as tarifas impostas por Donald Trump — aquelas mesmo, que já deram o que falar —, até os maiores rivais viram aliados momentâneos.

Na próxima semana, em Bruxelas, os dois gigantes econômicos vão debater um tema que está deixando todo mundo de cabelo em pé: como navegar nesse mar revolto do comércio internacional sem afundar os próprios navios. E olha que o cenário tá longe de ser tranquilo.

O elefante na sala (e ele é americano)

Enquanto os EUA continuam batendo o pé com suas políticas protecionistas — sim, aquelas que parecem saídas de um manual dos anos 1930 —, Pequim e Bruxelas tentam evitar que a situação escale para algo pior. "É como assistir a um jogo de xadrez onde alguém resolveu virar o tabuleiro", comenta um diplomata europeu sob condição de anonimato.

Os números falam por si só:

  • As exportações chinesas para os EUA caíram 12% no último trimestre
  • A União Europeia já perdeu cerca de €14 bilhões com as retaliações comerciais
  • Mais de 300 produtos estão na mira das tarifas americanas

O que esperar do encontro?

Fontes próximas às negociações adiantam que três pontos estarão no topo da agenda:

  1. Criação de mecanismos alternativos de pagamento que contornem o dólar
  2. Redução mútua de barreiras comerciais entre China e UE
  3. Plano de contingência para caso as tensões com os EUA piorem

"Não se iludam, isso não é um romance de alianças eternas", alerta a economista Marina Silva, especialista em comércio exterior. "É puro pragmatismo — quando o leão ruge, até gazelas e zebras se escondem juntas."

Curiosamente, enquanto os holofotes estão virados para esse encontro, o governo Trump parece minimizar sua importância. "Eles que conversem à vontade", declarou um assessor presidencial, "o mercado americano continua sendo o mais cobiçado do mundo". Será?

Uma coisa é certa: nas próximas semanas, cada movimento nesse tabuleiro geopolítico pode definir o rumo da economia global para os próximos anos. E você achando que o único drama internacional era a nova temporada da sua série favorita...